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Uma clássica “fantasia no mundo real”, mas com um toque agradável de maturidade e originalidade.
Senti aqui a familiar sensação de presenciar magia, mas, diferente das sagas da minha adolescência, esse ambiente é usado para contar uma história mais orgânica, fugindo na maior parte do tempo da “longa missão importante” ou do “grande vilão apocalíptico”. Em The Golem and the Jinni, Wecker prefere falar, direta ou indiretamente, sobre as dificuldades da imigração à grande Nova York, as relações entre judeus e muçulmanos, o que é sua própria natureza e até que ponto vale à pena aceitá-la (ou negá-la). Todas temáticas interessantes que tornam a história densa e reflexiva, além de mágica.
A história me perdeu levemente ao tratar o antagonista de forma um pouco unidimensional, beirando o fim, mas o clímax em si foi uma conclusão tão satisfatória de todas as pontas tecidas ao longo do texto que isso foi rapidamente encoberto.
A narração também é interessantemente dinâmica: em terceira pessoa, mas sempre focando na perspectiva de alguma personagem. Apesar de, na minha opinião, tirar o foco de momentos importantes em alguns pontos, as mudanças de perspectiva mantêm o texto vivo e sempre cumprem um propósito.