Apenas um garoto
2013 • 256 pages

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“Você pode ser o que quiser, mas não vai se sentir bem quando for contra o que é de verdade.”

Essa foi minha segunda leitura desse livro fantástico, que li pela primeira vez em 2017. Acredito que entendo a história de Rafe muito melhor hoje em dia. Na época de minha primeira leitura, cheguei a tirar uma estrela do livro pelo final, mas hoje eu não faria isso. Não apenas porque temos uma sequência (Honestly Ben - igualmente incrível e igualmente minha próxima releitura), mas também porque o livro fecha a história de uma forma muito boa.

Como é de prache, e meu aspecto favorito dos YAs, você sente que acompanhou uma parte da vida daqueles personagens, uma parte significativa. O que Rafe fez em Boulder no passado seria uma ótima história, todas as suas aventuras como um menino abertamente gay em uma cidade como aquela, porém, o livro escolhe nos contar o ano em que ele decide parar tudo aquilo, mudar de escola e ficar “dentro do armário”.

“Sabemos que sair do armário traz um monte de coisas que tornam a vida mais difícil. Mesmo que você tenha pais maravilhosos e uma escola que o trate bem, a revelação acrescenta algo à sua vida.”

É uma escolha muito sábia, pois esse foi um ano de transformações e autoconhecimento para a personagem, e acompanhar esse fragmento da vida de alguém, em um livro como “Apenas Um Garoto”, com seus personagens críveis mas também exagerados, na medida mais certa possível, faz dessa história uma lição inesquecível sobre rótulos e sobre como a sociedade enxerga cada um de nós.

“Todos enxergamos o mundo através de lentes. Elas sempre mudam sua perspectiva. Criam seua realidade e, ao contrário dos óculos, você nunca pode tirá-las e ver o que é normal para as outras pessoas.”

January 1, 2017Report this review