The House in the Cerulean Sea

The House in the Cerulean Sea

2020 • 400 pages

Ratings854

Average rating4.3

15

3.5
Comecei a gostar desse livro no capítulo 14.
Why is everybody so engaged and freaking out with this book?
People are thrilled. Making a hell of a fuzz.
But, for me, until now (chap14) it is like a Miss Peregrin mixed Supernatural/Angels and Devils stories with self-help vibes. And more than once, I thought I've already had seen something quite like that plot before.
There are tons of good phrases.
The romance was chef kiss (chef's kiss quality approval).
But that... was all?


Vou soltar o verbo:
O livro é bom sim. Escrito de forma fluida, aborda temas pesados (preconceito, abusos, traumas, fobias, gordofobia, um pouco de religião, agressão, vida profissional, o caos da vida pessoal... a lista é boa insira o olhar sarcástico aqui) e aquela levantada de bandeira, de forma leve, “encoberto” (mascarado seria uma melhor expressão) pelas diferenças externas entre humanos e seres mágicos Até a revelação do Arthur que foi ótimo . Traz as frases de efeito, as reflexões sobre a vida, o desenvolvimento da personagem principal - a coragem por tomar decisões arriscadas, apostar no novo, superar os próprios demonios (e quebras de conceitos, como o Linus com relação a seu trabalho e sua função) para encontrar a felicidade que melhor lhe cabe.
Mas... é isso ai.
Nos capítulos finais, naquele momento da revolta falida dos moradores da ilha contra a Casa, Helen fez um discurso bem de mãe emputecida com as crias, jogando umas verdades na cara, e pensei “ah, tá aí o verdadeiro herói dessa merda”.
Os personagens são medianamente desenvolvidos, as crianças principalmente, senti que são resumidas a seus traumas e suas aparências, e as justificativa na falha da personalidade, diálogos ou o porque das coisas, se resume ao fato de serem crianças.
O resto dos moradores, Zoe, os três malucos daquela instituição que esqueci o nome e outras muitas coisa são esquecidas fechando o livro.
Tem buracos da estória, do porque das coisas. Do porque de tudo. De qual época no tempo estamos falando. Tem computador mas não tem celular? A galera está com o mp3 no bolso? Os reports são manuais? (Pensamento mediocre, isso ai, mas estava pensando na carroça na praia e do nada a pessoa está com a alma sendo sugada pela tela de retina como qualquer proletariado do século XXI).
A narração por Daniel Henning foi muito interessante, e deu uma visão dinâmica de alguns momentos mais lentos e iniciais da estória, porém, por ver a hype e pessoas emocionadas com esse livro, me pergunto se ele não é um “material de leitura”, um livro que funciona melhor sendo lido ao invés de contado.
Ou seja: posso ter ouvido errado? Sim. Escutei as 6h da manhã e voltando do trabalho, veja bem. Há um cansaço pesado em cima.
Enfim, bom livro, mas não tudo isso.

October 7, 2021