Well Met

Well Met

2019 • 335 pages

Ratings79

Average rating3.7

15

3,5~4
Esse livro começou como um dos melhores RomCom de todos.
Um enredo bem amarrado, simples, com personagens com bastante background e alguns defeitos mas que sabem lidar muito bem com sua adversidade. Personagens de aparência “normal”, nada daquelas belezas raras e cheias de características que nos levam a pensar “óbvio que esse povo é lindo”.
E, sem contar que, “se as estrelas fossem minhas para dar”, ganharia uma a mais só por comentar de Shakespeare in Love.

Mas aí então, teve os 80%ish do livro, quando Simon e Emily tiveram um fight e....
Bom, já chegamos nisso.

A Renaissance Faire (Ren Faire) deu um toque todo especial ao livro - como se houvesse duas histórias em andamento: a parte lúdica do romance de um pirata charmoso com uma garçonete (?) de taverna; e a realidade-tapa-na-cara de duas pessoas bem diferentes, com seus problemas da vida cotidiana, com suas famílias, responsabilidades e “erros”.

Ri alto com as descrições dos Kilts e os corpos que os habitavam. (!!!!) Terminei esse livro bem obcecada com essa imagem de homem, inclusive. Mesmo com bike-shorts por baixo. cof cof

Simon... (suspiros apaixonados). É um fofo. E ouso dizer um dos personagens mais retrato da realidade que nos rodeia que já li até hoje (um cara normal, magro, sério, que teve poucas “aventuras” na vida, mas sabe o que faz), mesmo com as crises e problemas internos que carrega.

Usar tradições da Ren Faire para o wooed a girl system foi uma sacada de mestre. Olha... está de parabéns.

Também, o desenvolvimento da relação da Emily com o Simon - de archenemies para amor da vida - foi menos abrupto do que imaginava. Com cenas de dar uns suspiros.

E estava super bem. Um relacionamento que duas pessoas conversam e falam várias verdades e fica tudo bem. Ask the right question como sugeriu o bilhetinho do biscoito, funcionou que foi uma beleza... Por que não continuar assim então?

Daí o pessoal espana. E isso que retirou a estrelinha dos 5 estrelas desse livro. A Emily tomou o papel “do cara” nos romances, quando se vitimiza e generaliza todas as mulheres como iguais. Bem, essa foi a Emily na briga com o Simon - sem antes perguntar as coisas direito como o bilhetinho havia sugerido. Colocando-o como o monstro preso no passado, quando ela estava tão na mesma merda quanto ele (num nível menor, veja bem, ela não perdeu um Shawn).
O que levou ao GRAND GESTURE, tradicional dos romance, onde temos o cara fazendo uma cena para demonstrar o amor que sente (que na vida real, provavelmente, todos nós morreríamos de vergonha), duas vezes.

Não deixa de ser uma leitura gostosa.
Lamento apenas o segundo volume ser com a Staicey que senti zero afinidade do começo ao fim - talvez pela característica b-side que ela teve desde o primeiro momento, faria muito mais sentido a continuação ser com a April ou o Mitch. Enfim. Quem sou eu para julgar a autora?

January 14, 2020