Muito legal encontrar obras de autores nacionais que tratem de temas sensíveis de maneira descomplicada, simples para o leitor. Geralmente temas como homossexualidade e DST's são tabus no meio social que devem ser tratados de maneira direta, como Felipe Barenco faz no livro. Téo enfrenta os desafios que a vida lhe impõe de maneira interessante, do jeito que dá pra ir levando, e nada é fácil visto que pessoas se aproveitam dele e o menino sofre bastante ao longo da história. Apesar disso, o livro não é sobre tristeza, pelo contrário - a narrativa é fluida e tem um astral legal. É um livro refrescante que não infantiliza ou dramatiza os assuntos que aborda. Leitura recomendada!
O livro merece 3,5 mais pelo que ele representa - o início da carreira do autor, as primeiras histórias - do que pelas histórias em si. Até agora ainda não aceitei que não fazem muito sentido, mas tem alguma coisa que me faz gostar nem que seja um pouquinho. Boa experiência.
Um livro de narrativa fácil e sensível, com personagens complexos e uma história profunda como poucas que tenha visto até hoje. As relações entre as personagens me fizeram pensar em como cada decisão feita (às vezes por impulso) gera resultados que não se esperava ou como poderia ser a vida caso as coisas tivessem acontecido de maneira diferente. A história é lenta, mas cheia de desdobramentos que a constroem de uma maneira muito boa. A autora conseguiu misturar o narrador em terceira pessoa com os pensamentos de personagens diferentes no mesmo capítulo sem deixar nada confuso. Quando menos espera você conhece todos os personagens e torce pelo final feliz que não sabe se vai chegar. Ótimo livro!
Não sou grande fã de obras de poemas e/ou poesias, embora sempre que pegue alguma obra do tipo, encontre textos dos quais gosto. Aqui não foi diferente, fiz várias marcações de partes que gostei bastante, mas no geral não me chamou muito a atenção - excluindo disso a edição, que é linda.
Durante muitos momentos do livro me peguei pensando como o ser humano pode ser tão mesquinho e sem escrúpulos, envolvido demais com a história das personagens. A cada parte do livro ficava com mais interessante em conhecer o que estava acontecendo por trás de tudo. Gostei muito do livro, mas não achei que o final tenha acompanhado o nível da trama como um todo. Apesar disso, é uma leitura que valeu a pena e me prendeu até acabar.
Ainda não sei se essa classificação é definitiva, mas a história acontece o tempo todo te envolvendo e te inserindo tanto na trama quanto na cabeça da protagonista para que você possa entender, ao final, a mensagem que ele passa de uma maneira mais clara. É importante que jovens indecisos sobre a vida (quem nunca?) possam conhecer as opções e, mais do que isso, entender que a vida acontece agora mas não precisa de atitudes imediatas, porque todos temos dúvidas, todos procuramos respostas para muitas coisas, e fingir não ser quem somos não é uma saída inteligente. Da mesma maneira, precisamos lidar com as consequências dos nossos atos e nossas decisões. Infelizmente não me apeguei à “casca” da história, mas acho que o conteúdo apresenta alguma coisa a se aproveitar.
Jackson tá passando por uma barra com a família. Eles estão ficando sem dinheiro e tem dias que quase não têm o que pôr na mesa para comer. Apesar disso, o menino quer fazer parte e ajudar de alguma maneira, mas os pais preferem proteger os filhos da dureza da verdade.
Quando Crenshaw reaparece para Jackson (ele já tinha surgido no passado, em outro momento difícil), ele vai ajudar o garoto a lidar com tudo o que está acontecendo. Dá um aperto no coração ver a situação e como os personagens lidam com ela. Como está sendo difícil para eles, mas continuam lutando e tentando sem desistir. É a famosa tapa na cara do cidadão.
A história é linda e não é difícil se apegar aos personagens, mas achei que foi tudo muito rápido e bobinho, até, em certos pontos. Não estragou a história, afinal quando terminou a história estava chorando do mesmo jeito hahaha mas queria ter visto um pouco mais de profundidade e mais de Crenshaw.
Estou dando quatro estrelas mas com um misto de sentimentos que nem sei explicar. Começando que eu não sei explicar nem o que acabei de ler. Acabei pegando alguns spoilers do livro anterior, mas nada que atrapalhasse o andamento da leitura. No final das contas, apesar da confusão entre mistérios, reflexões e muitas pessoas diferentes e iguais ao mesmo tempo, gostei bastante de conhecer a escrita de Murakami. Acho que nem fez sentido o que escrevi aqui. :)
Ultimamente tenho lido bons livros de contos e esse foi um deles. Apesar da demora na leitura, como são contos sem ligação uns com os outros - além do tema - deu pra continuar sem perder o fio da meada quando parei por um tempo. Adorei quase todos os contos - ou gostei de todos. Fico de cara com a criatividade das pessoas, sempre comento isso comigo mesmo hahaha. A coletânea é muito diversificada e divertida, uma leitura que vale a pena.
Comecei a ler o livro sem expectativas de uma grande história, pensando que fosse algo “mais ou mesmo” do tipo “De volta para o futuro”, alguma coisa assim, só que no passado. Como visões de sua vida ou algo assim. Pelo contrário, Ken Grimwood constrói uma trama cheia de personagens - principais e coadjuvantes - que se destacam cada um por sua personalidade própria, o que dá mais vida ao livro. Dessa maneira, é fácil se envolver com os personagens e entender o que se passa na mente de cada um.
Cada vida revivida por Jeff tem um contexto diferente ou vai tomando um rumo diferente à medida que ele percebe as consequências das suas escolhas de acordo com a vida anterior. Entretanto, ele nunca pensa com dedicação naquilo que está acontecendo com ele, até que encontra Pamela e, a partir daí, a vida dos dois passa a estar ligada pelo mesmo acontecimento.
Em determinado momento, o autor dá a imaginar que a história levará por um rumo, o que na outra página já se mostra ao completamente nada a ver, o que seria uma aberração no meio do livro, na verdade. A história estava muito boa para ser algo do tipo. Essa nova personagem neste momento serviu apenas para isso: deixar essa história sumir assim como apareceu - do nada, só para encher algumas páginas. Mas foi bom, para dar uma breve mudada na direção do pensamento do leitor.
O livro termina como deveria terminar, nesse caso. Depois de tantas vidas vividas, tantas escolhas, acertos e erros, nada mais esperado do que o final como foi e não uma explicação sobrenatural para o enredo.
Infelizmente não haverá uma continuação do mesmo autor para a história.
Marcando 4 estrelas porque, apesar de demorar em média trinta meses pra terminar a leitura, me diverti com os caba no espaço e fiquei imaginando as cenas. Achei interessante, mas acabou que não estava preparado pra entender o final. Preciso de explicações por e-mail, obrigado.
Não imaginei o que estava por vir quando comecei Amor Plus Size. Comecei a me encantar pelos personagens no primeiro capítulo e, quando vi, não conseguia mais parar de ler. Ultimamente tenho tido ótimas experiências com livros nacional e ainda bem que esse também caiu nas minhas mãos em 2017. É um livro muito necessário, no qual Larissa apresenta com bom humor e desenvoltura todos os problemas e superação de uma garota que, assim como milhões de pessoas, se sentem desconfortáveis consigo mesmas e precisam de alguma maneira dar mais valora a si. Não teria como não marcar 5 estrelas se me identifico tanto com Maitê e sua “jornada”. Parabéns a Larissa pelo livro, pela escrita e por deixar meu final de ano mais feliz.
Gostei da HQ, tem uma ideia muito legal e até o desenvolvimento é legal também. O único “problema” é que eu li depois de já ter conhecido várias histórias de viagem no tempo fantásticas. Não que essa não seja, mas ficou um pouco ofuscada. Fiquei incomodado, durante a leitura, com o olhar “sem vida” dos personagens. Todos têm a mesma cara do começo ao fim. Poderia até ser um tom blasé que o autor quis dar, mas não colou. Não consegui me conectar aos personagens, embora visualmente todo o resto seja muito bonito! 3,5.
Ótimo livro! Consegue abordar os dois problemas dos personagens com leveza e seriedade quando precisa, lançando desafios e construindo momentos de evolução na hora certa. Desde o começo me identifiquei tanto com Libby quanto com Jack, se é que isso é possível. Hahaha. Acredito que não me envolvi mais na história porque passei muito tempo lendo, com dias de pausa, mas com certeza foi uma boa leitura.
Adorei! Muito fofinhas as histórias, que têm a ideia de ser um romance dividido (inventei que a ideia era essa, mas me pareceu), quando são alguns contos ligados por algumas passagens de que os personagens se conhecem.
Não dei cinco estrelas porque achei que se tivesse um pouco mais de aprofundamento e equilíbrio entre as histórias (tive a impressão de algumas serem mais curtas que outras), com uma ligação que desse a impressão de “são vários núcleos mas é uma história só”, seria ainda mais interessante! Também fiquei esperando por um desfecho mais claro de algumas partes.
Falando assim, parece que não gostei, mas me diverti muito e me emocionei em outras partes. Apesar de ser um livro curto, aborda temas como amor próprio, identidade de gênero e auto aceitação de uma forma leve, e assuntos delicados sem pesar o clima das histórias. Já sou fã de algumas das autoras de outras histórias e gostei de conhecer um pouco da escrita de outras, mesmo sabendo que às vezes o gênero desse livro não seja o que elas escrevem frequentemente.
Recomendo muito a leitura para quem busca várias histórias fofinhas de amor entre jovens, com personagens divertidos que talvez mereciam ganhar mais destaque em histórias maiores, quem sabe!
Estava em uma vibe young adult com reflexões e questionamentos sobre a vida quando fui jogado em uma aventura inesperada. Pensei que estava lendo uma coisa quando tudo se transformou em algo que eu não estava esperando que viesse naquele momento.
Adorei as personagens secundárias mas a vibe do livro no geral não me fez exclamar muitas vezes “Meu. Deus.”, embora tenha sido uma leitura rápida e agradável.
Sobe e desce de nível de um conto para outro, como quase sempre. Alguns não saem da cabeça e todos tratam de assuntos que são comuns, mas geralmente com um toque de inexplicável ou de fantasioso, até. Muito bem escrito, sem dúvidas, com umas invenções sobre as quais ainda não sei opinar, quanto à estruturação das narrativas.
Desde que li outros livros de Modiano, deu pra perceber que Paris e a França em geral acabam sendo personagem e cenário principais em suas obras. Aqui, ele usa o desaparecimento da jovem Dora Bruder para passear por ruas e bairros de Paris em uma época pré-guerra quando a França trabalhava junto com os nazistas. Sem dizer que está dizendo, mas mostrando um tanto de campos de concentração, do tratamento de judeus, jovens e crianças, Modiano passeia por essa época ao mesmo tempo que procura descobrir o que aconteceu com Dora. A escrita é fácil, mas me entediei um pouco em algumas partes, quando os nomes de ruas e informações a respeito de pessoas e pessoas eram demais.
Várias verdades (os famosos tapas na cara que você só percebe depois que termina uma leitura e reflete sobre ela) e representações das mais variadas formas de solidão. É fácil ver a intimidade frágil de cada personagem das seis histórias representadas no livro, um pouquinho real e contemporâneo, um pouquinho fantasia.
Livro sensível e profundo sobre relacionamentos, principalmente como lidar quando o sólido se desfaz e as pessoas não sabem como reagir ou como prosseguir. Não é um manual, mas inspira o leitor a refletir sobre e ver que a vida continua. É um acalanto para o coração de quem está passando por uma fase difícil, funciona como o abraço de alguém querido dizendo que vai passar.
Nunca tinha lido um romance de época e tive muitos sentimentos ao longo dessa história. Gostei de tudo, dos personagens e suas personalidades, atitudes, tiradas divertidas e momentos emocionantes.
Como primeira experiência com o gênero, posso dizer que me senti confortavelmente ambientado com o que Larissa construiu. Como segunda experiência com a autora, parabéns pela inovação! É totalmente diferente das duas leituras que tinha feito antes: Amor plus size e Todos nós vemos estrelas. E é muito bom.
Não é engraçado, como dizem as sinopses, mas é realista até que se prove o contrário. O livro é escrito em formato de diário, onde o autor conversa diretamente com o leitor enquanto conta sua ascensão e queda através do amor, a partir de uma prática que ele cometia e, no fim das contas, meio que se volta contra ele mesmo. A narrativa é tão simples que num instante a leitura é concluída e, se bobear, tu ainda se identifica com o protagonista em alguns momentos. Não que seja algo positivo, porque ele é bem machistinha e tem o costume de “machucar mulheres” - fazê-las se encantar por ele e depois dar um jeito de fazê-las sofrerem o máximo possível para depois ver no que vai dar por diversão.
Se você já assistiu, “Nova York - Uma cidade em delírio”, vai perceber a semelhança entre esse livro e o filme o tempo todo, generalizando um pouquinho. O livro não tem uma pausa. O ritmo é o mesmo do começo ao final, com as interrupções e lembranças desordenadas e um ex-alcoólatra que tenta te contar algo. Muitas coisas acontecem, mas tudo como grandes parênteses no meio de uma história principal que tem ares de um grande drama vivenciado pelo Anônimo.