Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
ATENÇÃO: Esse livro contém cenas de sexo e não recomendo para menores de 18 anos. É o segundo volume da série Encantadas, mas essa resenha não contém spoiler de Veneno, o primeiro livro.
Em uma aldeia, crianças estão desaparecendo. Mas não é isso que mais ocupa a mente de Cinderela. Magoada com a família por precisar fazer as tarefas domésticas, ela fica eufórica quando a madrasta e sua filha mais nova são convidadas para um baile no castelo, mas o convite não se estende a ela. E quando Cinderela descobre que o príncipe dará dois bailes para escolher sua noiva, ela sente que faria qualquer coisa para estar lá.
Estranhamente, uma mulher aparece dizendo ser sua fada madrinha e cobra um pequeno favor em troca de colocar Cinderela no baile e fazer o príncipe se interessar nela. Mas nem tudo é o que parece, e os sonhos nem sempre se realizam da maneira que esperamos. Cinderela será feliz depois de tudo?
Cinderela não é a mocinha boa e ingênua que vemos nos contos de fadas, e as irmãs e a madrasta não são tão malvadas assim. Mas ela sonha com uma vida melhor, sem trabalho e com muito luxo, e acha muito injusto que não tenha a chance de ir no baile real. Entretanto, dois bailes são anunciados para escolher uma noiva e ela consegue sua chance.
Confesso que gostei muito mais desse livro do que do primeiro. Cinderela fica cega com seu sonho e não enxerga a realidade em um primeiro momento, mas depois começa a abrir os olhos para o que se passa e a história começa a se tornar mais interessante. Existe uma ligação com o primeiro livro, então não vou me alongar muito para não dar spoilers para vocês, já que a conexão foi feita de uma maneira muito legal.
Os personagens são bem mais cativantes que no livro anterior e gostei mais dos diálogos. Além disso, esse livro também contém cenas de sexo, mas são bem mais encaixadas no enredo, não brotam do nada. Fiquei presa até o final, que conseguiu manter minha curiosidade para ler o terceiro volume. E, como comprei os três juntos, não tive problema em continuar essa leitura rapidamente.
O livro mantém o ótimo trabalho de diagramação do volume anterior, com páginas amarelas, ilustração no começo do capítulo e marcador destacável no final. Só não gostei das lombadas não serem padronizadas, nem o nome da autora e o título serem alinhados.
Link: http://www.sincerando.com/2014/04/feitico.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
Assisti ao filme porque o Daniel Radcliffe ia aparecer, admito. Sou uma grande fã de Harry Potter e estava curiosa para ver como seria sua atuação em um filme diferente. A história não chamou muita atenção, mas dei uma chance. Acabei lendo o livro, no qual o filme se baseou, agora em janeiro.
A história se passa na Inglaterra, com o jovem advogado Arthur Kipps, que é mandado ao interior do país, para cuidar dos papéis que uma cliente idosa e recentemente falecida, que morava isolada numa mansão, onde metade do dia fica inacessível pois a maré sobe e a casa fica ilhada.
A premissa é interessante, pois ele começa a ver uma mulher vestida de preto, sobre a qual ninguém da cidade quer falar, e os moradores locais parecem muito dispostos a encorajá-lo a voltar para Londres. Entretanto, ao contrário do filme, o livro é demasiadamente parado, a história é muito entediante, e tão passável, que não consegue se manter em minha memória.
No filme colocaram a mulher como um ser diabólico que aparece para causar uma tragédia (não falarei sobre para não estragar a história para quem ficar interessado, mas na verdade é muito óbvio, e a revelação do mistério parece piada), e existem várias cenas chocantes que chamam a atenção e ficam presas na cabeça, entretanto, no livro, ela é um ser mais sutil, que causa o mau de uma forma mais implícita, e muito mais silenciosa.
O interessante é ver a discrepância entre os personagens do livro e do filme. O do filme é um jovem viúvo, com um filho pequeno, que acaba nessa viagem numa situação obrigatória, pois dá a entender que o personagem estava tendo um desempenho pequeno no trabalho, e precisava se esforçar mais, com a penalidade de perder o emprego se não aceitasse. É uma pessoa calada, instropectiva e atormentada. No livro, pelo contrário, é um jovem ambicioso, noivo de uma bela mulher, e aceita o trabalho com a esperança de crescer mais ainda na firma e se tornar futuramente sócio, dando assim um futuro melhor para sua noiva. Os dois são céticos quanto a situação que estão passando, e muito determinados a resolvê-la.
O final do livro e do filme também são muito diferentes, e eu confesso que gosto mais do final do filme.
No fundo, a história é de puro suspense, e o filme nos traz muito mais angústia do que o livro. Não considero nenhum dos dois como terror, mas o filme consegue trazer mais sustos. Considero a história fraca, conseguimos entender as explicações que a autora nos passa, mas elas não nos envolvem e não nos ajudam a crer na história. É uma daquelas em que você fica sem resolução.
Existe um outro filme, anterior a esse, que não assisti, e o final é diferente também, pelo pedaço que puder ver no youtube.
Se estiver procurando uma história de terror, não recomendo. É um livro pequeno, então se a curiosidade falar mais alto, não é muito tempo a se perder.
Obs: Aparentemente será lançado um outro filme, com um casal sendo assombrado pela mesma mulher, na mansão.
http://www.imdb.com/title/tt2339741/
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/01/a-mulher-de-preto.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“Quando tomamos uma decisão em nossas vidas, qualquer que seja, ela deve se tornar a nossa razão de viver. Se a dúvida ou o arrependimento existirem, nunca viveremos em paz, nunca honraremos a nossa escolha e, dessa forma, é como se não tivéssemos feito escolha alguma.”
Comprei o ebook na Amazon, na promoção de 9,90 que muda toda semana, fiquei intrigada com a sinopse. Acabei devorando o livro, super curiosa para ver o que seria de Anny, a doce garotinha de oito anos, que um dia se vê numa situação caótica: seus pais anunciam que a partir daquele dia, ela iria morar com um casal. Corajosamente, ela enfrenta situações difíceis de maus tratos e abandono, e encontra conforto em algumas coisas: os dois brinquedos que pôde trazer de casa e um vizinho misterioso com quem joga xadrez.
A história é tocante e Anny é uma menina doce e madura para sua idade, sem perder as características de criança, é muito imaginativa e alegre. Teve uma infância super protegida, e desconhece o mundo além de seu quintal, e o livro consegue alcançar esse sentimento de saudade e abandono que a personagem carrega. O casal que a recebe é amargurado e perdeu um pouco o gosto pela vida, e a trata extremamente mal, forçando-a a fazer todas as tarefas da casa e até passar fome.
O livro traz algumas lições que valem a pena ser disseminadas: amor ao próximo, alegria, coragem, amizade, enfrentar os obstáculos, e principalmente, não perder a imaginação e capacidade de sonhar que temos quando somos crianças. Não é um livro clássico de suspense, nem tem muita ação, mas traz algumas reviravoltas que chamam a atenção e enriquecem a história. Uma coisa que me agradou é que o livro não foca só na personagem principal, mas é entremeado com os enredos dos outros personagens.
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/07/jogando-xadrez-com-os-anjos-promocao.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
De manhãzinha, antes de todos acordarem, com orvalho ainda molhando o campo, Noah, um garotinho de 8 anos, resolve fugir de casa. Não sabia aonde estava indo, mas achou que seria mais fácil do que enfrentar seus problemas. Procurava um lugar de que gostasse e acabou encontrando uma loja de brinquedos mágica, com um velhinho muito incomum.
Noah é muito inteligente e achei o personagem bastante maduro para sua idade, tendo um motivo real para fugir de casa, nada como não ter sido autorizado a tomar sorvete depois do jantar. Uma coisa que me agradou bastante é que Noah é tratado como pessoa, e não como uma criança. Ou seja, os diálogos tratados com ele são levados à sério, as opiniões e pensamentos dele são levados em conta.
O livro é bem pequeno, rápido de ler, mas traz uma doçura maravilhosa e consegue balancear assuntos sérios de vida adulta com a fantasia e inocência da infância. Amei a escrita do autor e estou super curiosa para ler suas outras obras. Os capítulos trazem ilustrações muito fofas, como se tivessem sido feita por uma criança.
Super recomendado para os pais que gostam de ler para seus filhos, para crianças, jovens e adultos. Traz um gosto de infância e fantasia que eu sinto falta às vezes. Muito boa a diagramação, a letra é boa de ler e as páginas são amareladas. Achei a capa linda, mesmo tendo aquela propaganda de O menino do pijama listrado (outro livro que quero ler rs).
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/09/noah-foge-de-casa.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“Ele ficou vendo o ônibus se distanciar pela avenida, o rosto abatido, pensando por que o amor era tão difícil...”
Amor e Outros Contos é um livro pequeno, com 96 páginas e 8 contos, mas que me fez parar para refletir e que acabei lendo bem devagar, para saborear melhor. Os contos trazem situações do dia-a-dia, com algumas confusões e interações que vemos por ai, e com isso acabei me identificando e torcendo pelos personagens.
Em Amor, vemos a história de um casal na rua, discutindo sobre um assunto banal, e as ramificações que essa discussão trouxe. Consigo ver o diálogo sendo feito por um casal real, uma conversa que eu poderia ouvir enquanto passeasse no shopping, por exemplo. Relacionamentos muitas vezes podem ser complexos e confusos, e o conto conseguiu passar isso.
Já A volta do campeão me fez pensar em várias coisas diferentes. Um idoso perdido no tédio acaba encontrando um grupo de meninos brincando na rua e relembra seu passado. A história traz um ar de nostalgia e doçura cativante. Além disso traz também uma reflexão sobre como nos deixamos atingir e influenciar por opiniões externas.
Em Fazendo a barba, encontramos um senhor e seu aprendiz ocupados no preparo de um cadáver para o seu velório. Ao fazer a barba do defunto, o barbeiro e o rapaz discutem algumas questões existenciais, e refletem sobre a vida.
Bichinho engraçado traz uma lição sobre animais e a sociedade, e apesar de querer outro final, achei que esse encaixou com a realidade. Um homem participa de uma pescaria com seus amigos pela primeira vez, e se depara com uma situação considerada normal, mas que ele não concorda, e tenta não participar. Só que isso acaba trazendo alguns problemas para sua vida, e ele precisa descobrir o que fazer.
Em Nosso fabuloso tio, encontramos o típico senhor de outra geração: forte, com uma educação patriarcal, e com opinião forte. Titio é um idoso que apesar da idade e problemas de saúde, não larga o cigarro, que impõe sua opinião à família e às pessoas à sua volta. Entretanto, também pode ter um lado diferente, e um enorme amor à vida.
O suicida é uma história que envolve uma crítica à sociedade. Um homem telefona para a rádio local e informa o local e a hora em que vai se suicidar. Isso causa grande comoção às pessoas que moram na cidade, e um grande grupo se concentra no local, esperando para ver se o homem realmente irá se matar. Adorei a forma como as pessoas foram mostradas nesse conto, pois vemos muitos por aí que são assim.
Uma lástima trouxe para mim uma crítica que vejo no dia-a-dia. A forma como vivemos a vida ou queremos viver muitas vezes é vista como loucura, principalmente se não se encaixar com os padrões estabelecidos, e quando não nos encaixamos acabamos sendo rebaixados e duramente criticados. Um homem passa por isso, e descreve o que aconteceu.
No último conto, Françoise, conhecemos uma bela jovem em uma rodoviária, que traz uma ar misterioso. Conseguindo dialogar com ela, descobrimos uma história complexa e dolorida, e que nem tudo é o que parece ser. O final me deixou intrigada, e gostei da forma que a história foi conduzida.
Quanto ao acabamento do livro: maravilhoso. Cada conto traz uma ilustração e o cabeçalho bem definido, e a fonte é grande e confortável. O papel é amarelado, e a capa tem detalhes em verniz. A lombada e a contracapa são muito bonitas também.
Fiquei muito satisfeita com o livro, os contos são bem escritos e deliciosos, ótimos para quebrar aquela ressaca literária depois de ler um livro pesado. Recomendado!
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/11/amor-e-outros-contos.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“Aqui embaixo era um mundo diferente. Era a vida e a morte, e maravilhas e romance, e poços sem fundo e riquezas fabulosas. Aqui você precisava pisar leve e ser rápido no gatilho.”
Quem lembra deles? Fiquei chocada ao perguntar à alguns amigos se se lembravam, e vários disseram que não. Felizmente, ao mostrar uma foto do filme ou dizer a sinopse, alguns se lembraram. Os Goonies embalaram minha infância, primeiro com o jogo com o qual eu ficava horas no Phantom System (alguém se lembra dele também?) e depois com o filme. Sonhava com uma amizade e uma aventura empolgantes como à da história.
Ano passado eu vi a capa do filme circulando e fiquei animada, achando que era um remake do filme, e aí vi que era um livro baseado no filme, e fiquei um pouco desanimada, para falar a verdade. Semana passada eu vi uma promoção do Bluray + filme na Submarino e resolvi arriscar. E gente, como me arrepiei e ri de novo!
O livro consegue trazer sentimentos que o filme não traz, me senti num ambiente ainda mais eletrizante e sombrio. Revendo o filme hoje até entendo porque. Apesar de amar o filme, os atores são um tanto cômicos, e isso quebra o clima de perto da morte que o livro traz. Algumas modificações que o livro traz também acrescentam essa sensação.
A base da história é a mesma. Quatro amigos que moram em uma região pobre estão prestes a perder suas casas para o Clube local, que está executando uma hipoteca que ninguém tem condição de pagar para transformar o terreno em um gigante campo de golfe. Um dia antes da expulsão de todos, eles resolvem invadir o sótão da casa, onde várias coisas do museu de História local, onde o pai de um deles trabalha, estão guardadas. No meio de coisas velhas e quebradas eles encontram um mapa do tesouro e resolvem tentar achá-lo. Ao procurar pelo tesouro eles acabam se deparando com perigosos criminosos, uma criatura medonha e várias armadilhas montadas por Willy Caolho, o pirata dono do tesouro, em 1600 e pouco.
O livro não fala só de uma busca gananciosa por um tesouro, mas também de amigos querendo mais que tudo poder morar juntos, crescer juntos, e manter suas casas, e do espírito de aventura e fé que uma criança pode ter em conseguir algo. Ele acrescentou alguns detalhes deliciosos ao filme, e traz uns extras sobre o final.
Adorei o livro e continuo gostando muito do filme. Inclusive ao assistir hoje, me surpreendi rindo novamente e vibrando junto com eles nessa aventura. Foi bom relembrar todos esses sentimentos de criança que eu não deveria ter esquecido. Espero que quem tenha assistido possa reviver também, e que quem não conheça possa se maravilhar :)
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/06/os-goonies.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“Eu a perdi, e ela nem mesmo era minha.As palavras despencam desajeitadamente numa dança, frias, pesadas e duras.Ela nem mesmo era minha mãe para que eu a perdesse.”
Rosie perde sua mãe para uma doença degenerativa que atinge o sistema nervoso: a doença de Huntington. Além de um longo período doloroso ela ainda sofre por outro motivo: a possibilidade de morrer da mesma maneira. Por ser um mal genético, Rosie tem 50% de chance de ser portadora da doença. Ela então conta à Tia Sarah, uma vizinha que as acompanhou desde sempre, que queria fazer o exame para descobrir.
E mais uma vez, sua vida muda. Ela descobre não ser filha biológica de Trudie, a mulher que a criou e amou desde sempre. Dividida entre raiva e confusão, ela parte em busca da verdade e suas raízes, e acaba encontrando mais do que o que foi procurar.
Fiquei encantada com a capa desse livro na primeira vez que o vi, e acabei não resistindo. Quando peguei nele e li a sinopse, ele acabou de me conquistar. Dei sorte de estar em promoção na loja online e comprei. E não me arrependo. Desde que o livro chegou, essa semana, fiquei dividida entre continuar a leitura de Saco de Ossos ou lê-lo. Tentei até escondê-lo no fundo do armário, tirar de vista. Juro, não adiantou.
Hoje finalmente eu sucumbi à leitura, e confesso, não consegui parar. A história me fisgou, pelo enredo, pelos personagens, pela escrita. Não é só mais um caso de troca de bebês, é muito mais. Temos todo o drama sobre uma doença que não é popular, eu pelo menos nunca tinha ouvido falar dela. E mesmo assim, é uma doença perigosa, dolorosa. Muitas pessoas passam por ela sem saber pelo que estão passando, sendo discriminadas e repelidas pela sociedade e pela família, abandonadas em uma azar genético. Mas vemos Trudie, uma mulher forte, amorosa, que lutou o quanto pode e teve o apoio que muitos não tem.
Por outro lado temos a história de Rosie, uma menina que perde a mãe cedo, e logo após o resto do mundo que ela achava certo, desmorona. E uma coisa que sempre me deixou curiosa, até que ponto somos resultado do que somos geneticamente? Como podemos afirmar que não sabemos quem somos só porque não sabemos de quem nascemos? E Rosie passa do medo do futuro para o medo do que ela desconhece, para um sentimento de não pertencer a vida que viveu.
Conhecemos outros personagens de sua vida e as pessoas que ela encontra em sua jornada, e são pessoas muito interessantes. A autora consegue criar personagens que não gostamos, mas não conseguimos deixar passar, e personagens à quem nos afeiçoamos, e isso faz toda a diferença no livro. Ele traz muitas emoções, muitas reflexões, e acima de tudo, uma lição que pode ser útil para pessoas que se sentem perdidas de um modo geral na vida, não só aquelas que consideram não saber quem são.
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/08/vidas-trocadas.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
Um rapaz perambula por um porão, e acaba encontrando uma adolescente, Rose Fitzroy, adormecida há 60 anos, em sono induzido. E tudo muda em instantes. Herdeira de uma poderosa corporação, Rose se vê jogada em um mundo que não conhece. Seus pais estão mortos, não tem notícias do rapaz que amava e precisa retomar sua vida, inclusive os negócios da família.
Amei esse livro. Terminei a história e fiquei pensando nela por muito tempo. Quando peguei esse livro para ler, achei que fosse ser uma releitura de A Bela Adormecida. Não podia estar mais enganada. Rose é uma personagem de passado turbulento, que cresceu extremamente protegida, e agora se vê sozinha. Não conhece ninguém e não sabe no que confiar.
O mundo está desolado e várias coisas mudaram enquanto ela dormia, inclusive o estado de estase, em que se encontrava, que agora é proibido. Além das mudanças à sua volta, precisa se acostumar com seu corpo, que está fraco e debilitado. A empresa da família está dominada por outras pessoas, e isso pode ser um perigo para ela, que nunca quis se envolver com nada disso.
Rose é uma personagem doce, passiva, e isso afeta sua vida de uma maneira muito direta. Entretanto, essa mudança no mundo acaba afetando seu jeito de ser, e adorei a forma como a personagem amadurece durante a leitura. Conhecemos outros personagens muito bem construídos também, e temos flashbacks do seu passado, o que ajuda a esclarecer o que aconteceu.
O livro traz uma reviravolta muito grande, que me surpreendeu e me deixou louca para ler mais. Apesar de ter um final sólido, traz uma ponta para uma nova história, que se sair, vou comprar o mais rápido que puder, e devorar!
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/11/adormecida.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
O livro é um charme! Capa dura, do jeito que gostamos, tem ilustrações belíssimas logo na capa e contracapa, e chama bastante atenção. Na parte de dentro, tanto no começo quanto no final, e no começo de cada história, tem essa linda ilustração, super colorida!
Dentro do livro temos 3 histórias infantis, todas trazendo aquele sabor doce de infância de volta. Algumas com um toque que pode ser assustador, mas que com isso traz aquela ânsia para saber o final que todo leitor gosta de sentir. Vou falar um pouco de cada uma abaixo. As histórias são pequenas, então não vou falar muito pra não estragar o final ;)
1 - Os presentes da princesa
Uma linda princesa da cor da noite precisa se casar, mas o rei não consegue se decidir entre seus pretendentes. Resolve então desafiar três deles: quem trouxesse o melhor presente de todos em seis meses, ganharia a mão da princesa! Mas quem disse que isso fará a escolha mais fácil?
Amei as ilustrações, e a história é muito doce. Me lembra alguma que já ouvi mais nova, e isso me encantou profundamente.
2 - O silêncio da princesa
Um príncipe mau educado, que apronta com uma senhora: confusão garantida! O príncipe é amaldiçoado, e precisa conquistar a princesa silenciosa para conseguir se curar. Mas ela é extremamente cruel, será que ele vai conseguir?
Outra que me trouxe lembranças da infância. Quais de nós não conhece a história da gentil senhora, que ora dá presentes quando somos bondosos e ora castiga quando somos malvados? Muito fofo o final.
3 - O menino que não queria ser príncipe
Um menino pobre nasce perto de um reino, onde uma princesa também nasce. Ele consegue incríveis habilidades e tem um destino maravilhoso à sua frente. Mas qual seria seu maior desejo?
Muito engraçada e espirituosa, adorei esse conto! O menino é muito esperto e a história traz uma das adivinhações mais legais que já escutei.
O livro é uma graça, com aquele papel brilhante que eu amava quando era criança (e pelo qual ainda tenho uma quedinha rs). As letras são grandes (como mostrado na imagem acima), e muito agradáveis. Não tirei foto de uma parte do texto porque não queria dar spoiler. Super recomendado para quem quer recordar a infância, ler para o filho ou presentar.
Mais informações:
17,5 X 25,6 cm - 64 páginas - Capa Dura
Selecionado: - 50 melhores livros de 2012, Jornal O Estado de São Paulo
- Catálogo de Bolonha – FNLIJ/2013
- Altamente recomendável /Fnlij
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/10/o-menino-que-nao-queria-ser-principe.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“Eu me lembro, eu me lembro. Acordei de manhã e foi tudo um sonho maravilhoso. Mamãe riu, dizendo que viagem no tempo parecia ser uma coisa divertida e que queria tentar também.Essa foi a primeira vez.”
Clare e Henry são um casal. Um casal que se ama, um adora o outro e são completamente apaixonados. Tem vários problemas em seu relacionamento mas um grande problema é que Henry viaja no tempo. Se encontrando em diferentes períodos da vida, com idades com grandes ou pequenas diferenças entre si, o relacionamento dos dois vai se construindo. Através de períodos de ausência, desencontros temporais e problemas normais em um relacionamento vemos uma história de amor com características únicas.
Eu queria ler esse livro há um bom tempo. Queria ler antes de ver o filme mas não aguentei. Assisti o filme há um tempão (e devo assistir novamente em algum momento próximo) e fiquei apaixonada pela história. O romance dos dois é ao mesmo tempo profundo, emocionante, apaixonante, e em alguns momentos, desesperador.
Clare é uma menina que conheceu na infância um homem misterioso, que alegava poder viajar no tempo. Filha de pais ricos mais ausentes e tendo irmãos complicados, Clare cresce com essa mágica a sua volta. Henry é um homem complicado e sofrido, que sofreu a vida toda pelo seu problema: viagem no tempo. Uma hora estava em casa, confortável, e na outra estava pelado em qualquer lugar, qualquer período. Não consegue controlar quando nem para aonde vai.
O relacionamento dos dois é perturbado pelo problema de Henry mas também sofre alguns baques reais. Problemas de relacionamento com a família, de convivência, a ausência dele. Mas os dois mostram um amor palpável e verdadeiro quando enfrentam vários obstáculos para ficar juntos. Uma coisa que me encantou nessa história foi que a autora não teve medo de mostrar que um relacionamento não é felicidade o tempo todo, mas que ter problemas e vários momentos felizes é uma coisa real.
A história traz uma narração deliciosa. Fiquei aterrorizada quando vi o filme, com medo de que quando aquilo se passasse em um livro ficasse confuso. Pelo contrário, consegui me localizar muito bem, mais pela idade dos personagens do que pela data (cada capítulo começa com a data e a idade dos dois). A leitura foi fluída e praticamente não consegui largar. Só me separei do livro para dormir algumas horas.
Outra coisa que me agradou no livro é que a história é agradavelmente dividida entre os dois. Consegui ter um laço tanto com Clare quanto com Henry, pois os dois personagens são muito bem detalhados. Foi um romance diferente dos que estou acostumada a ler, e o toque da viagem do tempo o deixou muito mais interessante e intrigante.
Falando da adaptação, eu a considerei maravilhosa. Algumas coisas do livro não apareceram, mas nada prejudicial. Amei a atuação dos atores e não tenho dúvida de que vou assistir novamente. O filme conseguiu trazer a emoção às telas, e recomendo muito que o vejam. Mas vejam depois da leitura, pois confesso que ter visto o filme estragou as surpresas do livro para mim. Acho que gostaria e me emocionaria ainda mais se não tivesse visto antes.
Estou dando sorte até agora, segundo livro que leio esse ano e que amo. Espero continuar assim!
”- Tenho medo de que você se canse de não poder contar comigo para nada e me largue. (...)- Nunca vou largar você - diz. - Ainda que você viva me largando.- Mas eu nunca quero te largar.”
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2014/01/a-mulher-do-viajante-no-tempo.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“Depois de tantos anos de convivência, ali estava o que ela acabara de descobrir naquela única noite. Ele era um homem infeliz. E homens infelizes são perigosos.”
Minna é uma mulher que não se casou. E como não se casou, lhe restou a opção de ser dama de companhia de mulheres ricas ou governanta. Entretanto, ela perde o emprego e acaba precisando se refugiar na casa de sua irmã, Martha, a mulher de Sigmund Freud. Minna é uma mulher com gostos e atitudes considerados excêntricos na época: gosta de ler e dizer o que pensa em uma conversa.
Acaba parando na casa de sua irmã, ajudando a cuidar de seus seis filhos. Acaba se surpreendendo com a frieza do relacionamento dos dois e se vê muitas vezes numa atitude conciliadora. Freud, que se comunicava através de cartas com ela durantes os anos, começa a comentar seu trabalho, seus avanços e debater com ela sobre isso, pedindo sua opinião. E Minna se vê numa situação perigosa: estaria Freud lhe dando uma atenção maior do que somente voltada ao seu intelectual?
O livro foi montado através de uma teoria de que Freud e sua cunhada teriam tido um caso durante o período em que Minna foi morar com eles, em 1895, em Viena. Ela morou com eles por mais de 40 anos, nunca se casando ou tendo seus próprios filhos. Um boato circulava entre estudiosos sobre o que teria acontecido entre os dois. Em 1957, Carl Jung teria declarado que Minna Bernays confidenciou a ele que estava tendo um caso com Freud. (informações contidas no final do livro).
Nada foi confirmado, mas o livro foi bem escrito. Me vi envolvida com a história dessa família. Não conheço o trabalho de Freud (só ouvi algumas teorias por cima, nunca li nada, nem me aprofundei) mas algumas coisas são citadas no livro. Fiquei sensibilizada com o drama e com a situação das duas irmãs.
O livro não é focado no romance. Existem cenas românticas e algumas de sexo sim, mas o livro se centra muito mais na situação que está ocorrendo e em suas repercussões. Trata muito do lado psicológico dos personagens, e isso me atraiu. Foi uma leitura razoavelmente rápida, pois apesar de querer logo saber o final, a trama é densa. Recomendo para aqueles que tem curiosidade de saber sobre a história e para aqueles que gostam de um romance mais psicológico, com algum embasamento histórico.
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2014/01/a-amante-de-freud.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“Penso, chego a um resultado, mantenho o resultado preso a uma decisão e faço a experiência de que a ação é uma coisa por si mesma, que pode mas não tem de seguir a decisão. Com bastante frequência no decorrer da minha vida fiz o que não tinha decidido e deixei de fazer o que tinha decidido”
Michael Berg, um adolescente alemão, passa mal no caminho da escola para casa, e é ajudado por uma mulher vinte anos mais velha. Doente por meses, quando se cura vai à sua casa agradecê-la, e acaba ficando com sua imagem marcada na cabeça. Começam então a ter um caso escondido, intercalando as relações com leitura de livros clássicos. Depois de um desentendimento, ela desaparece, deixando uma marca de grande culpa nele.
Anos depois, estudante de Direito, Michael participa de um seminário especial, que estuda o julgamento de guardas da SS em uma tragédia específica, quando em uma noite muitas mulheres judias morreram queimadas em uma igreja, que não foi aberta pelas guardas para que elas saíssem quando começou o fogo. Uma das guardas era Hanna Schmitz, a mulher que ele amara na juventude.
Assisti ao filme de mesmo nome à algum tempo, ano passado se não me engano, e lembro que fiquei acordada até mais tarde do que deveria para poder acompanhar o final. Esse ano, olhando a biblioteca comunitária da minha faculdade, encontrei algumas cópias do livro e resolvi dar uma chance de novo à história que me chamou atenção. Não tinha visto o filme desde o começo mas sabia mais ou menos como começava.
Confesso que não consigo decidir qual dos dois me interessou mais. O livro é muito bem escrito e muito profundo, cheio de reflexões que devem ser feitas quanto ao tema. O filme é muito bem interpretado e fiel ao livro. O tema Holocausto sempre me chamou atenção desde o colégio, talvez por ser tão difícil de ser entendido, se é que alguém pode realmente dizer que o entende. E é difícil ler sobre ele, por tamanha crueldade envolvida.
Ao mesmo tempo que de certa forma sinto uma rejeição geral ao se falar nisso, sinto que devemos estudar e falar. As coisas hoje em dia tem se tornado de certa forma muito cruéis também. A violência tem se mostrado cada vez maior nos noticiários, e isso me preocupa muito. Temos visto mais casos de assaltos seguidos de bárbaras mortes, estupros, e outras maldades enormes, e me pergunto o porque disso.
Da mesma forma que não entendemos o que houve na época, não consigo entender o que acontece hoje em dia. Será que nossos descendentes, no futuro, lerão sobre nossa época e se indignarão e não entenderão o que houve conosco tanto quanto não entendemos o que aconteceu no passado?
No livro vemos claramente essa questão de culpa, quando Michael se sente mal por amar uma criminosa, por não entender como pôde amá-la, mas ao mesmo tempo não consegue esquecê-la, e com isso vive uma vida perturbada, se fechando para o mundo, não conseguindo viver normalmente. E se questiona sobre o Nazismo do mesmo modo que nós, praticamente 68 anos depois, também fazemos. Sua geração não consegue entender o que houve, e não consegue lidar com isso.
Hanna vive um segredo que modifica todas suas escolhas durante sua vida, e de forma alguma justifica o que fez de errado. Quantas vezes fazemos escolhas erradas com medo de fazer as certas ou para não ferir o orgulho? Ao ser colocada de frente às consequências de suas escolhas, Hanna não consegue lidar com elas.
O livro faz questionamentos quanto moral, escolhas, ação, pensamento, culpa, questionamentos estes que as pessoas deveriam se fazer antes de agir, e que muitas vezes não o fazem. Um questionamento em particular que o Holocausto e a atualidade nos forçam a fazer é: até que ponto a sociedade e as ordens são significativas frente à escolha pessoal? Realmente somos obrigados a alguma coisa nessa vida, ou nos deixamos ser para termos a ilusão de que não temos escolha e assim não precisarmos encarar as consequências como nossa culpa no futuro?
“Eu tinha sempre a sensação de que, sem dúvida, ninguém me entendia, de que ninguém sabia quem eu era e o que me levava até aquele ponto da minha vida. E você sabe, quando ninguém entende, ninguém pode exigir que você preste contas. Mas os mortos podem. Eles entendem. Para isso não precisam ter estado por perto; mas se estiveram, entendem especialmente bem.”
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/06/o-leitor.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“De repente, Aya Fuse se sentiu muito pequena.”
ATENÇÃO: Para quem não leu os livros anteriores (Feios, Perfeitos e Especiais), terão detalhes da história abaixo, já que a história se passa depois destes.
Li Feios, Perfeitos e Especiais há um tempo atrás, e adorei a história. Tally, a principal, é ingênua, ambiciosa e complexa, e o enredo é instigante. Nem sempre acompanho autores e seus lançamentos, então só fiquei sabendo de Extras quando o vi na Saraiva, e fiquei curiosa instantaneamente. Mas, lendo a sinopse e vendo que a personagem principal não era a Tally, acabei retardando a leitura. E me arrependi agora.
Aya é uma menina de 15 anos, feia, que vive num dormitório e ocupa uma posição praticamente invisível no ranking de fama na cidade. Depois da libertação as cidades e as pessoas acabaram tomando rumos diferentes e sua cidade roda em torno de reputação e méritos. Aqueles que são mais famosos moram nas melhores casas e têm os melhores recursos. E Aya quer desesperadamente ser famosa.
Uma forma de ser famosa é o seu canal ser famoso. Cada cidadão tem um canal de vídeos, e se conseguir uma matéria que seja muito assistida, sua reputação sobe. Aya descobre um grupo de meninas que pratica surfe em trens magnéticos e vê nessa aventura uma chance de ser famosa. Entretanto, se envolver com elas pode levar a perigosas descobertas, e problemas muito maiores do que seus objetivos iniciais.
O livro segue os livros anteriores. Aya é uma menina deslumbrada pela sociedade e sonha ser famosa como Tally sonha em ser perfeita. E com isso, ela perde vários detalhes muito importantes, vários questionamentos que deveriam ser feitos. No caminho do que deseja, acaba ignorando um cenário maior. Em certos pontos, porém, ela é muito diferente.
Existem personagens secundários e do grupo principal que também são muito interessantes, e acabei me pegando querendo mais cenas deles no livro. O enredo continua instigante, e com várias surpresas e reviravoltas maravilhosas. Continuei apaixonada por esse mundo, e se antes tinha interesse em ler mais do autor, agora esse interesse aumentou.
A única coisa que senti falta foi de mais tempo. A história de Tally se desenvolve em três livros, enquanto a de Aya é mais corrida. Apesar do livro ter sido bem concluído e fechado um ciclo, senti falta de mais. Senti falta dos personagens, de saber mais sobre eles, de saber o que aconteceria depois.
Pesquisei no site oficial do autor e descobri uns livros “extras”:
Bogus to Bubbly
Uglies: Cutters (Graphic Novel)
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2013/03/extras.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
Trinta e quatro contos, dois para cada autor participante, alguns contos maiores, outros ocupando menos páginas, mas que conseguiram me encantar. Discordei do final de um, amei mais uns poucos, mas terminei o livro com aquela combinação de triste sensação de quero mais com a satisfação de um bom livro lido.
Confesso que não costumo ler contos. É difícil para mim o conceito de ficar sem uma resposta, sem uma conclusão, e normalmente eu me sinto frustrada com esse tipo de leitura. Entretanto, esses escritores e essa antologia mudaram isso em mim. De alguma maneira, mesmos os mais curtos, esses contos conseguiram me conquistar.
Demorei quatro dias para ler esse livro. Entre trabalho, blog, vida pessoal e esse calor que tem feito, tenho lido bem pouco. Entretanto, quando começava um conto eu me prendia até terminar. Alguns, me deixaram tão fora de órbita no final que acabei precisando parar para respirar e pensar sobre o que tinha lido. Por outro lado também, acredito que posterguei um pouco a leitura para que não acabasse logo.
A orelha do livro e o título cumpriram suas promessas: são contos fantásticos, que abrem a mente para várias possibilidades e nos tiram da zona de conforto. Alguns me fizeram sentir incomodada, outros com uma sensação nostálgica, senti tristeza, alegria, angústia e, porque não, amor.
Fazer uma resenha, um post sobre um livro de contos é para mim um desafio, pois como vou juntar 34 textos diferentes e passar minha opinião? Pensei em destacar aqui os meus contos favoritos, mas todos me tocaram de alguma maneira. Como escolher? Acabei preferindo não fazer isso, mas uma coisa posso garantir: leria todos de novo.
Falando sobre a edição física, estou maravilhada. O acabamento do livro é muito bem feito. A letra é grande e confortável, os contos são separados de forma muito clara e o papel tem aquele lindo tom creme que todos amamos e que os olhos agradecem. O capricho da editora não deixou nada a desejar e além de ter um ótimo conteúdo, traz uma ótima forma.
Recomendo o livro àqueles que tem amor aos contos e à literatura fantástica (que confesso, não sou muito familiarizada, mas se for tão maravilhosa quanto esse livro, estou conquistada), mas também indico àqueles que como eu, tem (agora tinha :P) resistência à esse tipo de leitura.
Link: http://www.sincerando.com/2014/02/antologia-de-contos-fantasticos.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
Riley Bloom tem 12 anos e está passeando com seus pais, seu cachorro Buttercup, e sua irmã Ever. Na volta para a casa, algo acontece. Um acidente faz com que todos, menos Ever, morram. E então Riley descobre uma nova coisa. A vida não acabou. Em Aqui, um lugar onde descobre que a vida continua, e o tempo é sempre o Agora, Riley descobre que a eternidade não é calma, todos tem uma tarefa a realizar. E a tarefa dela, é apanhar almas.
Como Apanhadora de Almas, Riley acompanhada de Buttercup e Bodhi, seu guia, tem que encontrar almas perdidas na Terra e ajuda-las a atravessar à ponte para Aqui. E em sua primeira missão eles conhecem o Menino Radiante, que assombra um castelo na Inglaterra há muitos anos e é uma alma que não quer sair de onde está.
Riley é chata. Comecem o livro com isso na cabeça. É uma menina de 12 anos que morreu em um acidente inesperado, e acaba presa em um corpo que ela quer mais que tudo, deixar no passado. Além de não conseguir crescer, que era seu maior sonho, Riley tem que lidar com a falta da irmã e dos amigos, de tudo a que ela sempre fez parte. Em parte, eu entendo sua chatice. Apesar disso, Riley também é cabeça-dura, determinada a fazer as coisas do seu jeito e em algumas partes, engraçada.
Não achei que essa chatice dominasse o livro, e curti a leitura. A personagem não entende o mundo em que vive, mas tenta de todas as maneiras fazer as coisas do jeito que acha que é melhor, o que às vezes não sai do jeito que esperava. Achei a personagem bem construída e suas atitudes são coerentes com a idade e sua caracterização.
Bodhi, seu mentor, é um menino um pouco mais velho, e é muito misterioso. Vestido de roupas esquisitas e aparentemente sem senso de humor, ele traz um ar mais sério para a história, e consegue quebrar um pouco as reclamações da principal. É ele que a ensina algumas coisas sobre Aqui e sobre sua tarefa.
De uma forma geral eu curti esse livro. É bem pequeno, tem 174 páginas, mas conseguiu me prender. A diagramação e o acabamento são muito bonitos também, o que tornou a leitura agradável. Recomendo como aquela leitura para passar o tempo ou quebrar um livro muito pesado.
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2014/01/radiante.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
Dora é uma adolescente normal, que vive com a avó e frequenta a escola. Tem alguns amigos, se diverte com eles. Mas, uma coisa a perturba: a falta dos pais. Seu pai morreu no dia de seu nascimento, e sua mãe aparece somente uma vez ao ano, no aniversário da filha. Porém, quando Dora completa 15 anos, um segredo lhe é revelado e tudo muda. Ela tem então que repensar sua vida e fazer escolhas. Será ela capaz de lidar com essas mudanças?
“Estas estranhas mulheres que têm poderes sobre a natureza, que são capazes de gerar vida e morte, senhora dos feitiços, seres capazes de voar sobre vassouras e de se transformar em pássaros negros sãos as bruxas. Diante de umas delas, só podemos mesmo tremer.”
Essa frase na contracapa me deixou curiosa, eu gosto muito de histórias com bruxas e seres sobrenaturais. A história de Dora traz um pouco mais do que isso, é também sobre uma menina que começa a se interessar por meninos, insegura perante a falta de relação que tem com a mãe, magoada por ter sido abandonada por ela para morar com a vó e saudosa de um pai que nunca conheceu.
O livro é narrado por Dora, então tudo se volta à ela. Nesse ponto o livro me cansou um pouco, pois não simpatizei com ela. É uma menina nova, mas muito insegura e impulsiva, e isso se mostra muitas vezes na história. Ela acaba não ouvindo em muitas vezes que eu gostaria de ouvir mais, e agindo de forma irresponsável em outras que eu preferiria que ela esperasse ou consultasse alguém.
Mas, de forma geral, o livro me agradou. Li rapidamente, em um dia, e fiquei curiosa para saber o final. O acabamento é caprichado, com várias imagens, divisão definida de capítulos (que são dias de semana e datas durante o período contado) e um “Arquivo Secreto das Bruxas”, que tive que cortar cuidadosamente, pois as folhas vem grudadas, com a famosa linha pontilhada para corte.
Link: http://www.sincerando.com/2014/05/a-filha-das-sombras.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
Rose Janko é uma jovem cigana de 19 anos que se casou com Ivo Janko, um atraente e carismático cigano, pertencente a um clã fechado. Isso aconteceu há sete anos, e algum tempo depois do casamento Rose desapareceu. Segundo rumores, seu desaparecimento se deu graças ao nascimento de um filho com um problema genético que persegue a família. Entretanto seu pai, Leon, não está convencido disso.
Leon contrata então Ray Lovell, um detetive particular que é descendente de ciganos para cuidar do caso. Ray enfrenta o problema do desaparecimento ter se dado há 7 anos, pode ter se passado tempo demais. Além disso, a família Janko, única testemunha do que aconteceu, não é muito receptiva. O que os motiva a não querer ajudar?
Gosto muito de romances policiais ou de detetives particulares, tenho uma quedinha por um bom suspense, com uma boa reviravolta. E esse isso conseguiu cumprir essas expectativas. Um detetive com um passado que o atormenta, um bom suspense, testemunhas misteriosas, tudo está lá. E a escrita da autora é de tirar o fôlego. Não consegui largar o livro.
Rose é uma menina tímida e introspectiva, que se casa com um homem de uma família fechada, misteriosa. Sua família perde contato com ela logo depois do casamento, e só tem notícias quando se ouve que ela fugiu com um homem gorijo, um não cigano. O livro traz algumas coisas da cultura cigana que eu desconhecia, então não sei o quanto é fiel nesse sentido, mas que trouxe um novo nível de interesse para mim. O suspense é intensificado pela falta de vizinhos, de interação com a sociedade. Os ciganos, por serem uma comunidade isolada e com sua própria cultura, não mantinham um contato aonde moravam, e se mudavam constantemente.
O núcleo da família Janko, Tene e Ivo, é mais fechado ainda dentro de si. E ficamos na dúvida sobre o que realmente aconteceu. Tene é descrito como o cigano que se popularizou: um homem forte, moreno, carismático. Um contador de histórias ciganas. Ivo já é um homem taciturno, reservado, mas descrito como muito atraente, chamando a atenção feminina por onde parassem.
Junto a eles temos mais alguns personagens da família: Kath (irmã de Tene), Jimmy (marido dela), Sandra (filha deles), JJ (filho de Sandra) e Christo (filho de Rose e Ivo). Christo é um menino com uma deficiência que afeta sua família na parte dos homens e da qual muitos já morreram. JJ é um adolescente de 14 anos, saudável, que narra a história junto com Ray.
O suspense dá algumas reviravoltas e temos algumas cenas futuras misturadas com coisas que se passam antes, mas nada que estrague o que vai acontecer ou que deixe o leitor confuso. Estou ansiosa para ler o outro livro da autora, The Tenderness of Wolves, e acompanhar seu trabalho futuro.
Link: http://www.sincerando.com/2014/01/invisiveis.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“Havia quatro de nós lá embaixo nos primeiros trinta e dois meses e onze dias do nosso cativeiro. E então, de repente e sem qualquer aviso, éramos três. Apesar de a quarta pessoa não ter feito barulho algum nesses vários meses, o porão ficou muito silencioso quando ela se foi. Depois disso, durante muito tempo, ficamos sentada em silêncio, no escuro, imaginando qual de nós seria a próxima na caixa.”
Sarah e Jennifer são duas amigas que passaram por uma tragédia na adolescência. Por isso criaram uma lista, A Lista do Nunca. Eram coisas que nunca deveriam fazer para não sofrerem de novo. Estudaram estatísticas de desastres, crimes e criaram um plano para que tudo desse certo. Infelizmente, quando vão para a faculdade tudo muda. Em uma noite elas são sequestradas por um homem que as prende em um porão. Três anos depois, a polícia consegue resgatar as mulheres.
Dez anos depois, Sarah vive isolada em um apartamento e sofre alguns efeitos do sequestro. O Agente do FBI, Jim, lhe dá uma péssima notícia. Seu sequestrador terá uma reunião com o conselho de liberdade condicional e tem chances de ser solto. Sarah então precisa enfrentar o que aconteceu no passado e seguir pistar para tentar entender o que houve, tendo pouco tempo para tentar evitar que seu pior pesadelo esteja livre novamente.
Li esse livro de madrugada, em um dia que perdi o sono. Resolvi pegar alguma coisa para ver se conseguia dormir, e acabei não conseguindo parar a leitura. A autora conseguiu escrever uma trama que segura, um suspense que realmente consegue prender o leitor. Outra coisa que me agradou muito foi o fato de que o enredo não se prendeu muito nos anos de tortura, o livro tem alguns detalhes mas não chega a se aprofundar nisso.
Sarah é uma mulher que nunca acreditou que coisas ruins acontecem por azar. Para Jennifer e ela, desastres acontecem com pessoas despreparadas. E levam um grande susto ao perceber que as coisas não acontecem bem assim. E nesses anos, ela descobre que a natureza humana é diferente do que ela pensava ser.
Acessei o site da autora, na esperança de saber que ela estaria escrevendo um novo livro, talvez uma continuação, mas não consegui descobrir nada. O final fecha várias questões do livro mas senti falta de algo mais trabalhado, senti que foi um pouco apressado. Recomendo para aqueles que gostam de um bom suspense com uma história que prende.
Link: http://www.sincerando.com/2014/01/a-lista-do-nunca.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“Docilmente, aceitamos, submetemo-nos, calamo-nos, não dissemos nada, não fizemos nada, porque a mansa submissão é tudo o que os ratos conhecem”.
Shelley e sua mãe são como ratos. Elas já sofreram muito, mas aceitam as coisas e se escondem, não reagem à tudo que é jogado sobre elas. Depois de sofrer com o doloroso divórcio de seus pais, Shelley sofre um atentado extremamente violento na escola, e as duas se refugiam em um chalé no campo, distante de tudo e todos. E começa um período mais feliz, com conversas tranquilas, e um sentimento de segurança.
Entretanto, no aniversário de 16 anos de Shelley, algo acontece, algo terrível. E isso muda tudo. Um sentimento diferente surge em Shelley, e acaba por surpreende-las. Será que tudo que acreditaram ser não é verdade? Será que ratos só se escondem, ou podem ter outras facetas?
Comprei esse livro porque vi um outro blog falando sobre ele (não lembro qual, infelizmente) e acabei vendo alguns dias depois que estava em promoção na Amazon. Comecei a ler um pouco depois de comprado, e não consegui soltar. Fiquei super ansiosa para saber o que o autor destinou às duas, se finalmente os sofrimentos terminariam. E o que aconteceu me surpreendeu.
Shelley é uma menina tímida, que se vê presa em uma situação terrível: bullying. Por se ver como um rato, e ter medo de tudo, não conta para ninguém o que acontece, e acaba chegando em uma situação terrível, que faz com que algumas coisas em sua vida mudem, incluindo a mudança para o chalé. Sua mãe passou por um divórcio terrível e agora suporta um emprego que praticamente a escraviza para sustentar as duas.
Ratos foi o primeiro livro do autor, e fiquei bastante impressionada. A caracterização dos personagens é excelente, e a narrativa é maravilhosa. Conseguiu me tirar da minha zona de conforto e me fez pensar muito. Quantas pessoas consideradas “ratos” conhecemos? Vivemos em uma realidade em que é difícil ver alguém lutando por seus direitos, e a reação mais vista é a de “deixar para lá”. Ao mesmo tempo que é triste ver esse tipo de coisa, me pego pensando em até que ponto podemos ir para defender nossos interesses, e até que ponto podemos aguentar o que acontece passivamente.
O livro batalha bastante nesse ponto, e apesar de não concordar muito com a atitude das personagens, consigo entendê-las. Todos temos um limite, e nem sempre testá-lo é uma boa coisa. O modo como a história muda foi muito bem estruturado, e as personagens se mantiveram coerentes. Adorei o livro, e o recomendo, mas principalmente para uma leitura crítica. Não é o tipo de livro para se ler e pular para o próximo, uma reflexão seria essencial. Vou acompanhar o autor e esperar que lance outras obras tão boas quanto essa.
Link da resenha: http://www.sincerando.com/2014/01/ratos.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
ATENÇÃO: Esse é o terceiro livro da série Riley Bloom, o primeiro é Radiante. Esse post contém spoilers dos livros anteriores.
Rilley consegue mais uma vez cumprir uma missão, que dessa vez foi inesperada. Mas por um lado, ela esteve bem perto de falhar. Acaba entrando em um momento de descanso, enquanto espera que sua próxima missão lhe seja designada. E é aí que percebe que sua pós vida não é muito boa. Apesar de ser uma ótima Apanhadora, Riley não construiu nada em Aqui. Não tem amigos e sua família tem sua própria vida. E ela ainda sofre com o desejo de crescer.
Em uma visita ao Observatório, um lugar onde se pode visualizar entes queridos que estão vivos, ela descobre que existe um lugar chamando Terra dos Sonhos, onde ela pode visitar o sonho de alguém e realmente conversar com essa pessoa. Entretanto, não é tão fácil quanto parece, e durante sua visita, Riley descobre que há coisas sobre Aqui que ela desconhece.
Riley consegue dar um passo para trás nesse livro. Mas novamente, achei compatível. Seria estranho uma personagem imatura e impulsiva conseguir se estabilizar tão rápido. Ela quer mais do que tudo falar com sua irmã, Ever, e conseguir alguns conselhos sobre como crescer e como se comportar diante de algumas situações.
Nesse livro temos uma visão mais ampla de Aqui e percebemos que apesar de ter atravessado a ponte, as pessoas ainda tem direito ao livre arbítrio. Riley acaba descobrindo mais coisas sobre si mesma e sobre como seu comportamento acaba às vezes atrapalhando o que ela mais quer, ao invés de contribuir.
Esse livro foi um ponto maior de reflexão do que os outros dois, e com o andamento um pouco mais lento também, mas foi uma leitura muito boa. Senti que Riley melhorou mais um pouco no final.
http://www.sincerando.com/2014/02/terra-dos-sonhos.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
ATENÇÃO: Esse é o segundo livro da série The Soul Seekers, sendo o primeiro Sonhos. Essa resenha terá spoilers do primeiro volume.
Daire está mais ambientada em seu novo lar e em suas novas responsabilidades. Mas, ainda está preocupada com as repercussões de seus feitos em relação aos Richter e seu relacionamento com Dace, que ignora parte importante de seu passado. Ao mesmo tempo, tem que se preocupar com sua mãe aparecendo, pois esta ignora seu chamado como Buscadora de Almas.
Apesar de sua relação com Dace e seus aprendizados estarem progredindo, o Mundo Inferior já mostra alterações. Tentando resolver os problemas rapidamente Daire se frusta por não ter mais conhecimentos. E, ela acaba descobrindo que Cade está se fortalecendo cada vez mais rápido, forçando que tome decisões dolorosas e enfrente seu destino.
Como vocês sabem, gostei muito de Sonhos e entrei com grandes expectativas em Eco. Gostaria de não ter feito isso, pois fiquei um pouco decepcionada. Achei o segundo livro confuso e que alguns dos personagens se perderam. Mas, levando tudo em consideração, o final foi explosivo e fiquei feliz em tê-lo lido.
Nesse livro Daire está procurando a melhor forma de livrar o Mundo Inferior dos Richter enquanto equilibra seus aprendizados e seu relacionamento com Dace. Tem o apoio de sua avó e seus amigos (que na maioria ignoram sua condição) para conseguir se manter equilibrada, mas me irritou que ela não conversasse com os outros sobre várias coisas, o que teria esclarecido e evitado vários problemas.
Dace, por outro lado, se defronta com vários problemas e verdades que o desequilibram totalmente e o tornam um personagem muito chato nesse livro. Novamente, ao invés de dividir o que sabe, ele resolve agir sozinho e complica muito as coisas. Fiquei com vontade de bater a cabeça dele na parede em várias partes do livro.
Destaque nesse livro para os personagens secundários, os amigos de Daire, e o pessoal da reserva, que conhecemos melhor. Eles conseguiram equilibrar a chatice de Dace e dar um ar engraçado e leve em um livro que é bem mais pesado que o anterior. A mãe de Daire também deu uma boa amadurecida nesse volume, e finalmente consegui ver uma adulta nela.
O que realmente me pegou nesse livro foi o final. Foi diferente e inesperado. Agora estou ansiosa novamente pelo terceiro, e esperando as expectativas baixarem para não me decepcionar por isso. Espero que o término da série seja satisfatório e a autora consiga explicar de uma maneira coerente. De maneira geral, gostei da leitura e recomendo para aqueles que gostaram do primeiro.
Link: http://www.sincerando.com/2014/04/eco.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
ATENÇÃO: Esse livro contém cenas de sexo e não recomendo para menores de 18 anos.
Branca de Neve é uma princesa diferente: não gosta de roupas apertadas, cavalga de calças, como um homem, e gosta de se divertir com seus amigos anões. A Rainha, uma jovem mulher que se casou com seu pai, é totalmente diferente: uma mulher distante, elegante e real. E é quando o Rei precisa deixar o reino que a relação das duas, que já não era muito boa, se complica.
A Rainha espera que Branca de Neve aprenda a se portar e se case logo, deixando o reino em suas mãos, enquanto que a princesa não tem a mínima vontade de viver regulada ou de se casar sem amor. E é ai que, aproveitando que o Rei saiu, a Rainha espera colocar a princesa no seu lugar. Mas, as coisas nem sempre saem como planejado.
Aproveitei uma promoção no Submarino para comprar a trilogia de uma vez só, pois fiquei interessada com a proposta da autora. Vi alguns episódios de “Grimm” e “Once Upon a Time”, séries citadas na contra-capa, e gostei do que fizeram com os contos de fada. Sendo assim, resolvi me arriscar.
O livro é rápido de ler. A linguagem é fácil e tranquila, mas senti falta de coesão em algumas partes. Como na capa está escrito “Repense seus vilões” não entendi porque na capa mostra a princesa, e não a Rainha. Além disso, a personagem da Rainha se mostrou inconstante para mim, e de modo algum justificou suas razões. Pelo contrário, cada vez que ela agia eu ficava mais indignada.
Branca de Neve também é um personagem estranho. Uma mulher selvagem, que gosta de viver livremente, e que não se prende às convenções da corte. Apesar de amada por todos, eu não gostei muito de sua personalidade. Em alguns momentos, se tivesse tomado logo as atitudes óbvias, teria evitado muita coisa. E sua decisão final para mim é incompreensível.
Outra coisa que me incomodou também foram duas cenas de sexo que não foram muito bem escritas. Não por ter sexo no livro, mas porque não senti que encaixava na história. Imagine, por exemplo, em Chapeuzinho Vermelho, para ilustrar um conto, que a mocinha está andando na floresta, aparece um estranho do nada e, sem química alguma, sem desenvolvimento algum, eles caem no chão e fazem sexo. Faltou um desenvolvimento melhor, na minha opinião.
Gostei da diagramação do livro e de ter o primeiro capítulo do próximo volume no final, que ajudou a atiçar a curiosidade. As páginas são amarelas e a letra é super confortável. E vem um marcador para destacar na orelha do final!
O final foi interessante e de uma forma geral, o livro conseguiu me prender e me deixar curiosa para ler o segundo, então considero que valeu a leitura. Espero que no segundo livro a autora consiga desenrolar melhor essa história.
Link: http://www.sincerando.com/2014/04/veneno.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
”- Então, Joe... - ele começou. - A sua mãe até agora não suspeitou de que você não é de fato um menino?- E a sua por acaso não suspeitou de que você não é na verdade um cavaleiro do século XII? - rebati.”
Joe Gray (isso mesmo, Joe, um nome masculino) acaba de se mudar para Esperanza, uma pequena cidade, com sua mãe. Um dia ela sai para comprar mantimentos e acaba no cemitério da cidade, ajudando a sua vizinha idosa. Acabada a tarefa, Joe resolve passear e acaba se perdendo. É ai que começa a nossa história.
Sem saber como sair dali, ela acaba encontrando Tristan, um jovem antiquado e misterioso, que tem várias atitudes que a confundem. Entretanto, Joe se encanta por ele e passa várias tardes em sua companhia. Mas Tristan tem um segredo que pode mudar tudo que ela conhece. Será que esse amor terá uma chance?
Confesso que a premissa não me agradou muito. Vi em alguns lugares que era comparável à Crepúsculo, e apesar de ter gostado da saga há alguns anos, acho que não me agradaria atualmente. Mas, a autora e a trama conseguiram me surpreender e me atrair. E não tem nada a ver com Crepúsculo.
Joe é uma adolescente normal. Gosta de música, de filmes, de se vestir confortavelmente. Mas ela sempre teve problemas em fazer amigos, e espera que a mudança seja uma segunda chance para ela. Mas, ao contrário de muitas personagens que vemos por ai em livros para jovens, Joe tem personalidade. Ela é engraçada, teimosa e vai atrás do que quer. E o melhor: ela sofre por amor, mas não vive disso.
Tristan por outro lado, tem aquele lado que todas queremos em livros: gentil, amoroso, carinhoso. Apesar de ter começado como um personagem muito misterioso, ao longo do livro conhecemos melhor seus sentimentos e novamente, ele tem falhas! E falhas, adivinhem, justificáveis. Achei que algumas atitudes dele poderiam ser evitadas, mas nenhuma foi tão estranha que pudesse trazer irrealidade ao personagem.
Mas o livro não é construído somente pelos personagens principais! Temos adoráveis e verdadeiros personagens secundários! A mãe de Joe, os meninos e meninas que ela conhece no colégio, todos eles fazem com que a história encante cada vez mais. Em alguns deles, fiquei com vontade de saber mais, de ter histórias separadas para ler. Em alguns momentos me peguei rindo, chorando e torcendo.
Posso criticar duas coisas no livro: o arranjo que se faz com Tristan (quem ler vai entender), que achei que poderia ser diferente, e o fato de que algumas coisas sobre Joe não foram mais explicadas. Espero ver mais disso no segundo livro. Isso mesmo, é uma série! E já estou ansiosa para o lançamento do próximo :)
Como resumo geral, digo o seguinte: é um livro para um público jovem, então não esperem outro tipo de leitura. É um livro encantador, que conseguiu prender minha atenção. Recomendo para aqueles que querem aquela leitura relaxante e prazerosa. Foi um livro rápido de ler, li 413 páginas em um dia só.
Link: http://www.sincerando.com/2014/02/lost-boys.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
Este é um livro de contos pequenos, composto por três: A Boazinha, A Invejosa e A Ciumenta. São contos com um toque de terror ou sobrenatural, contos simples, mas que graças à diagramação me chamaram muito a atenção, por isso vou dar especial atenção à ela neste post.
Em A Boazinha conhecemos uma mulher que não suporta ver meninos chorando, e que quer muito consolá-los. Infelizmente, este consolo nem sempre vem na forma que se espera.
Em A Invejosa, uma morta se ressente dos presentes em seu funeral, que não lhe dão a devida atenção. A história é contada com a ajuda de várias imagens, algumas com “efeitos” que ilustram o que a personagem quer dizer.
Em A Ciumenta conhecemos uma mulher que foi apaixonada por um homem com quem não pôde se casar, e como isso a afeta tempos depois.
O livro é bem pequeno mas traz ilustrações muito bem-feitas e condizentes com as histórias.
Gostei dos contos, mas como disse, gostei mais ainda da forma como as ilustrações foram usadas para dar vida a eles. São pequenas histórias “assombradas” mas que podem ser lidas por crianças tranquilamente. Recomendo àqueles que gostam de contos e histórias com sobrenatural.
Link: http://www.sincerando.com/2014/03/minhas-assombracoes.html
Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“A Centro das Atenções pode fazer de tudo, e melhor do que qualquer pessoal, desde que tenha a atenção que procura.”
Tom é um ser humano normal. Ele não tem poderes e vive uma vida tranquila. Entretanto, ele acaba conhecendo e fazendo amizade com vários super-heróis, entre eles o Anfíbio. Tom acaba se apaixonando por uma super-heroína, a Perfeccionista, que tem o poder de tornar e fazer tudo perfeito.
No dia do casamento dos dois, um ex da Perfeccionista, o Hipno, estraga a felicidade dos dois ao hipnotizar a noiva, fazendo Tom ficar invisível somente para ela. Depois de dois meses sem enxergá-lo, ela resolve recomeçar a vida e mudar de cidade, e Tom tem pouco tempo para fazer sua esposa perceber que ele está ali ao seu lado.
Esse é um livro bem pequeno. Peguei de madrugada, pensando que seria uma leitura rápida, me ajudando a pegar no sono. Acabou sendo justamente o contrário. Comecei sem expectativas e fiquei totalmente sem sono, doida para saber como acabaria e o que Tom faria.
Entretanto, nem todas as páginas são sobre Tom e a Perfeccionista. Temos também alguns flashbacks sobre a vida de Tom, como ele conheceu os super-heróis, como ele conheceu sua futura esposa e, o que eu achei mais legal, a descrição de vários super-heróis e como funcionam seus poderes.
“Vai ficar lá, esperando, e vai ficar tão entediado que vai ligar para sua mãe e isso de ter que matar tempo vai deixar você mais falante e você e sua mãe vão ter uma conexão que não tinham desde que você saiu de casa e foi pra faculdade.”
Apesar do pouco número de páginas, acredito que é um livro que todos vão se identificar, porque tem tantos superpoderes baseados em características normais que mesmo que não batam com as nossas, nós conhecemos alguém que os tem. Em alguns pedaços me peguei rindo ao reconhecer um amigo ou conhecido. No meio dos capítulos também há várias ilustrações.
A história de Tom e a Perfeccionista é pequena, mas foi muito bem escrita para mim. Você consegue ver os medos e expectativas de um casal e sentir a afinidade e amor entre eles. Tem um desfecho adorável e só fiquei com pena de não ter mais. Recomendo para aqueles que precisam de um pouco de animação e risadas.
Link: http://www.sincerando.com/2014/05/todos-os-meus-amigos-sao-super-herois.html