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"Estive intentado a interpor nesta segunda edição da Doida do Candal uns discursos acerca do duelo, como quem inculca tendências a desbravar o género humano de tão brutal selvageria. Nesse campo de mortos infamados e já também chorados, acharia eu que farte tristíssimas flores com que aformosear tragédias. Não o há tão abundante para lágrimas e dadivoso às menos inspiradas fantasias. Dei, todavia, de mão ao intento, quando o meu editor e amigo me disse que A Bruxa de Monte Córdova era menos lida que A Doida do Candal. Entrei a comparar os dois romances para entender a desigualdade dos méritos, e vim ao convencimento de que um pouquinho mais de filosofia estragara a Bruxa. Nada, pois, de tirar à novela a inutilidade que a faz preciosa. Seja cada um do seu tempo e do seu país. O melhor romancista em Portugal, por enquanto, há de ser o que tiver mil leitores que lhe comprem o livro e o aplaudam, contra dez que o leiam de graça e o critiquem em folhetins a dez tostões."
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