Ratings1
Average rating5
"Estive intentado a interpor nesta segunda edição da Doida do Candal uns discursos acerca do duelo, como quem inculca tendências a desbravar o género humano de tão brutal selvageria. Nesse campo de mortos infamados e já também chorados, acharia eu que farte tristíssimas flores com que aformosear tragédias. Não o há tão abundante para lágrimas e dadivoso às menos inspiradas fantasias. Dei, todavia, de mão ao intento, quando o meu editor e amigo me disse que A Bruxa de Monte Córdova era menos lida que A Doida do Candal. Entrei a comparar os dois romances para entender a desigualdade dos méritos, e vim ao convencimento de que um pouquinho mais de filosofia estragara a Bruxa. Nada, pois, de tirar à novela a inutilidade que a faz preciosa. Seja cada um do seu tempo e do seu país. O melhor romancista em Portugal, por enquanto, há de ser o que tiver mil leitores que lhe comprem o livro e o aplaudam, contra dez que o leiam de graça e o critiquem em folhetins a dez tostões."
Reviews with the most likes.
Cada vez gosto mais do Camilinho!
Como a sociedade abre sepulturas, e abre tanto para os pobres como para os ricos.
Nesta tragédia Camilo faz uma grande crítica aos casamentos arranjados por interesse, ao domínio das famílias sobre os destinos das vidas dos filhos e, finalmente, a situação de opressão e dependência das mulheres que em muito casos as levam ao enlouquecimento, ou levam a sociedade a rotulá-las de doidas devido aos seus comportamentos que vão contra as regras impostas.