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UMA NOVA VOZ DA FICÇÃO PORTUGUESA APRESENTA UM LIVRO ORIGINAL E PROFUNDO. A profeta , de Maria Francisca Gama, junta a descrença na religião e a necessidade de seguir alguém cegamente, o desejo de vingança e a procura do amor. «Sei que, mais cedo ou mais tarde, todos saberão quem sou. Que estarão à minha procura, que falarão sobre mim, que viverão na tentativa inútil de se assemelhar à minha imagem. Teremos apenas de aguardar. Vocês e eu.» Mariana é uma jovem mulher solitária. Tem um emprego do qual não gosta, passa os dias e as noites sozinha a ler um livro misterioso. Sente um profundo desprezo pela Humanidade, mas não consegue evitar ajudar quem precisa, mesmo que a ajuda venha na forma de um frasquinho de veneno indetetável. Através das pessoas com quem se vai cruzando, todas vítimas de alguém, Mariana vai eliminando o mal do mundo e, ao fazê-lo, junta uma legião que jura segui-la para sempre, como a uma profeta. Neste livro, Maria Francisca Gama faz uma reflexão sobre a religião, o certo e o errado, e a aleatoriedade de acontecimentos que em segundos destroem uma vida. É a incapacidade de aceitação e a busca por uma justiça que, não chegando, é feita pelas próprias mãos.
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2,5 ⭐️
Maria Francisca Gama, natural de Leiria mas actualmente residente em Lisboa, cruzou o meu caminho através de duas entrevistas: uma N'A Caravana de Rita Ferro Alvim e outra no programa Vale a Pena, apresentado por Mariana Alvim . Ambas as ocasiões despertaram a minha curiosidade em relação ao seu livro A Profeta.
Com um início enigmático
Sei que, mais cedo ou mais tarde, todos saberão quem sou.(...)Teremos apenas de aguardar. Vocês e eu.
a autora introduz um tom intrigante que promete revelações futuras.
Mariana, uma figura desafiadora, assume o papel de narradora neste romance. Descrita como uma mulher sem moral, sem escrúpulos e manipuladora, com um sentido de justiça muito peculiar, ela oferece uma perspectiva única às histórias apresentadas. No entanto, apesar do potencial para tornar a narrativa mais cativante, a semelhança nas vozes das personagens e a homogeneidade na estrutura dos capítulos podem tornar a leitura um tanto monótona. Uma maior diversidade na caracterização das personagens e na estrutura dos capítulos trariam um maior benefício à leitura.
É inegável a habilidade de escrita de Maria Francisca Gama, uma jovem de apenas 26 anos. Com o amadurecimento, é possível antever uma evolução na sua capacidade de criar obras de maior profundidade e impacto.