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A verdade é que a descoberta de si através de uma longa carta ao amante com mil analogias requer um certo espírito disponível ao intangível, ao ambíguo, ao etéreo. Provavelmente eu nem deveria ter continuado a ler ao perceber que os parágrafos que sublinhei na primeira leitura, em 96, agora me pareciam só interessantes do ponto de vista estilístico e não comoventes e originais como na época. Mas creio que envelheci, me tornei mais cinica, mais impaciente e mais distante; me lembrei de uma amiga querida que vai ganhar o livro e talvez veja nele a emoção que um dia eu tive e a escritora possivelmente merece. Em tempo: não acho que seja o melhor dela, mesmo que seja eu horrível. Clarice tem mais a dar do que nessa narrativa.