Ali and Nino
Ali and Nino
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Publicado pela primeira vez em Viena em alemão em 1937, Ali and Nino é atribuído a Kurban Said, um pseudónimo. Alguns anos mais tarde, depois da Segunda Grande Guerra, numa livraria em Ancara o romance voltou a ser “descoberto” por uma russa, que o traduziu para inglês e o fez chegar aos nossos dias.
Ali, um jovem azerbaijanês, que embora tenha estudado numa escola russa continua a identificar-se com a sua herança muçulmana. Conhece Nino, cristã georgiana, uma princesa que nasceu em Tbilisi, que assume a sua herança europeia, e vê os muçulmanos como bárbaros.
A acção decorre maioritariamente em Baku, a capital do Azerbaijão, uma cidade exótica e pluralista no Mar Cáspio.
É um amor proibido, por ambas as religiões, mas mesmo assim os dois enfrentam o mundo, que está em rápida mudança e cada vez mais polarizado.
E os mundos de Ali e Nino são opostos:
There were really two towns, one inside the other, like a kernel in a nut. Outside the Old Wall was the Outer Town, with wide streets, high houses, its people noisy and greedy for money. This Outer Town was built because of the oil that comes from our desert and brings riches. There were theatres, schools, hospitals, libraries, policemen and beautiful women with naked shoulders. If there was shooting in the Outer Town, it was always about money. Europe's geographical border began in the Outer Town, and that is where Nino lived.
Our old town is full of secrets and mysteries, hidden nooks and little alleys. I love these soft night murmurs, the moon over the flat roofs, and the hot quiet afternoons in the mosque's courtyard with its atmosphere of silent meditation. God let me be born here, as a Muslim of the Shiite Faith, in the religion of Imam Dshafar. May he be merciful and let me die here, in the same street, in the same house where I was born.
É um romance sobre amor, nostalgia, encontros muçulmano-cristãos, tensões étnicas no início das rivalidades imperiais, a ascensão de nacionalismos que dilaceraram comunidades, e um mundo e estilo de vida que em tempos foi a norma, mas que já nem sequer é um ideal.
Os conflitos abundam neste romance: Oriente/Ocidente, Islamismo/Cristianismo, tradição/progresso, antigo/moderno, e masculino/feminino.
É um choque de civilizações.
O romance tem como pano de fundo a luta do Azerbaijão pela independência após a revolução de 1917 que pôs fim ao Império Russo e antes da União Soviética o ter incorporado como República Socialista Soviética em 1920.
Em Batumi, na Geórgia, há uma escultura da artista Tamara Kvesitadze que inicialmente foi denominada Man and Woman, e que posteriormente foi renomeada Ali and Nino.
A autoria de Ali e Nino permanece um mistério apesar das disputas sobre a verdadeira identidade de Kurban Said. Independentemente de quem o possa ter escrito vou colocá-lo na prateleira do Azerbaijão.
41/198 – Azerbaijão