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Esta obra reúne as cartas de amor que Monteiro Lobato trocou com Purezinha, carinhoso apelido daquela que viria a ser sua esposa até o final da vida. O leitor poderá acompanhar as situações de uma época diferente, na qual o imediatismo das trocas de mensagens eletrônicas não existia, e havia mais espaço para a reflexão e o apuro estilístico, mesmo em se tratando de cartas entre apaixonados.
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DNF - 19%
Gosto dos contos do Monteiro Lobato.
Estas Cartas de Amor, das quais só li meia dúzia, deram-me a volta ao estômago.
Que homem chato e peganhento.
Ah, Purezinha, como te amo! Como cresce dia a dia o meu amor! Como se exalta, robustece, escachoa! Parece um rio em enchente, não há margens que lhe bastem, inunda tudo, senhoreia-se de tudo. Amo-te cada vez mais, amo-te com a alma, com o espírito, com o coração, com os nervos, com os músculos, com as células. Amo-te de todas as formas, a todos os instantes, de dia e de noite. Amo-te como um louco. Amo-te, ferozmente! Resumo o mundo em ti. Nada mais existe fora de ti. O sol, a terra, o céu, a luz, a cor, o perfume, a vida, a humanidade, tudo isso existe para cenário, para quadro do meu amor. O infinito és tu, a Eternidade és tu. A vida és tu. Deus és tu.Purezinha! Purezinha! Se pudesses por instante sequer penetrar dentro de mim e ver como aí lavra em chamas desmesuradas o meu Amor... Mas, não podes, não podes imaginar sequer: sóse me amasses do mesmo modo, o que é impossível!, impossível!... Ninguém no mundo jamais amou como eu... Purezinha, Purezinha, Purezinha, Purezinha, meu Amor, minha Vida, minh'Alma, meu Coração, meu Ar, meu Tudo, adeus!