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A lenda de um feroz lobisomem e uma encantadora vampira – improváveis almasgêmeas cuja paixão testará os limites da vida e da morte.Um incansável guerreiro mítico. Nada o deterá até que possua a...Depois de suportar anos a fio torturas constantes comandadas pela Horda dos vampiros,Lachlain MacRieve, líder do clã dos Lykae, fica enfurecido ao descobrir que suaparceira, há tanto tempo profetizada e pela qual espera há mais de um milênio, é umavampira, assim como seus captores. Na verdade, Emmaline Troy é metade Valquíria,metade vampira. Jovem delicada e etérea que, com seu jeito todo especial de ser, é aúnica que pode suavizar a fúria que incendeia o faminto Lykae.Uma vampira prisioneira de sua fantasia mais selvagem...A doce Emmaline decide sair pelo mundo em busca da verdade sobre seus paisdesaparecidos. Em Paris, um poderoso espécime Lykae a encontra, determina que elaserá a sua parceira por toda a eternidade e a leva para o castelo escocês dos seusancestrais. Lá, o pavor que Emmaline sente do Lykae – e da sua insaciável fome deprazer – faz com que ele inicie um lento e envolvente jogo de sedução e ela liberte suasmais sombrias fantasias.
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18 primary books21 released booksImmortals After Dark is a 21-book series with 18 primary works first released in 2006 with contributions by Kresley Cole.
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Sabe quem está de férias? Exatamente: essa pessoa que vos escreve – porque greve é uma coisa maravilhosa que desorganiza todo o calendário acadêmico. E por estar em férias eu quero dizer que terei uma semana para não fazer nada e assim conseguirei ler mais rápido os livros que tanto quero ler – por isso cá estamos nós, com a resenha do primeiro livro da série Imortais.
Alguma coisa me atrai muito nas histórias com vampiros (e mais recentemente, com lobisomens), por isso Desejo Insaciável entrou na minha lista de próximas leituras na mesma época em que comentei sobre ele por aqui – e também foi por isso que li essa história de forma tão rápida (e preciso te contar que ela me deixou muito dividida em noventa por cento do tempo). Mas vamos ao que interessa.
Kresley Cole nos traz a história de Lachlain, um Lykae (lobisomem) que sofreu por pelo menos quinze décadas no calabouço da Horda dos vampiros e que reuniu forças para escapar de toda a tortura de seus inimigos por ter sentido o cheiro da mulher que o destino escolheu para ser sua parceira – uma mulher que ele espera há mais de mil anos –, e Emmaline, uma moça tímida, com medo de viver, meio vampira e meio Valquíria, que cruzou o oceano para tentar encontrar pistas sobre seus pais em Paris. Eles são um casal improvável, mas os dois juntos se completam de forma perfeita.
Essa seria apenas mais uma história sobre pessoas completamente opostas que se encontram, se apaixonam e vivem felizes para sempre se não existessem alguns detalhes muito importantes nessa trama – como o pano de fundo/contexto e os personagens. Sendo assim, comecemos com Lachlain.
Esse Lykae tinha tudo para ser um personagem ótimo – porque incrível ele é –, mas alguns pontos de sua personalidade foram um problema para mim durante a leitura. Lachlain MacRieve é forte, bonito, experiente e claramente um homem que chama a atenção do público feminino – na história, quando não estava irritada com ele, estava encantada por ele. Meu problema com Lachlain tem dois pontos principais: o seu temperamento e a forma como ele “conhece” e trata Emma. Eu consigo entender o desespero do personagem – e seu temperamento, que é consequência do desespero (que não vou explicar senão perde toda a graça da narrativa) –, mas não consigo ficar bem com a grosseria com que ele trata sua parceira até pelo menos metade do livro. Tive vontade de entrar nas páginas e estapear o lobisomem sem me importar com nada mais todas as vezes que ele fala para Emma que não vai deixar que ela volte para casa (e aqui já falei demais, me desculpe pelo spoiler). Ele tem uma imagem totalmente errada de Emmaline e por isso não é nada delicado com ela, mesmo tentando protegê-la a todo custo – e quando finalmente percebe seu erro... para Emma é difícil acompanhar a mudança... o que me leva a falar dessa personagem.
Emmaline Troy é uma linda jovem híbrida em sua primeira viagem sozinha e distante do coven de suas tias Valquírias. Emma tem receio de tudo – por razões óbvias, ela tem medo do sol, dos vampiros, dos Lykaes – e se acha fraca e fora do lugar. Tudo o que ela precisa é de tempo – um tempo de qualidade – para se descobrir. Emma ainda é muito nova e precisa de experiência, afinal o que são setenta anos perto da eternidade de uma imortal? Gosto muito da forma como a autora descreve a aparência física de Emma – ela tem o balanço perfeito entre uma vampira e uma Valquíria (e falando sério, quem não gostaria de ter um pouquinho das Valquírias em seu DNA? eu gostaria muito), o que faz com que ela seja linda e fatal. Não quero escrever nenhum spoiler, mas preciso te contar que depois de tudo o que acontece – em menos de uma semana, vale ressaltar –, Emmaline evolui e amadurece muito: ela descobre quem é, qual é o seu destino e qual é a sua força. E descobre também onde está a sua voz – e nunca mais se cala.
A relação entre Emma e Lachlain começa da forma errada, mas ninguém pode negar que existem faíscas quando os dois estão juntos e aos poucos, quando um começa a entender e conhecer o outro de verdade, até mesmo eu (que estava cética quanto ao final dos dois) comecei a gostar da interação e do relacionamento deles. Principalmente porque o Lykae realmente se preocupa com Emma e passa a amá-la da forma como ela é e esse cuidado e apreço fazem com que ela se fortaleça e consiga fazer o que deve ser feito – como eu disse em algum parágrafo ali em cima, eles se completam.
Entre os dois, Emmaline é, sem sombra de dúvidas, minha personagem preferida, mas suas tias Annika, Nix, Regin, Myst e Lucia são personagens ótimas – passei a trama toda desejando ser uma Valquíria com habilidades especiais como elas. Para falar a verdade, todos os personagens secundários possuem uma razão para estarem ali – até mesmo a amiga antiga de Lachlain, Cassandra, que mais causa alvoroço do que calmaria – e são bem construídos. aproveitando o gancho, de todos os personagens que foram apresentados do lado Lykae da história, o demônio Harmann é o mais legal: apesar de aparecer em poucas cenas, Manny conquista o leitor em uma cena pontual na metade para o final do livro (e você vai precisar ler o livro para descobrir qual é).
Cole é formada em Letras (o curso lindo e maravilhoso que essa resenhista que vos escreve faz) e por isso sabe muito bem como envolver seu leitor – eu não desgrudei do livro enquanto não virei sua última página – e como construir histórias e contextos bem amarrados. Suas cenas quentes são na medida certa e não aparecem sem contexto, elas estão ali porque precisam estar e fazem parte da narrativa, os detalhes não são exagerados e tudo é muito bem encaixadinho. A linguagem é simples e fluída, o ritmo é constante e a caracterização mais do que convincente – vou soltar um spoiler aqui, que não vai estragar a trama, quero ser uma Valquíria como a Helena de Troia.
Mesmo me deixando dividida entre a irritação completa por causa de Lachlain e o encantamento abrasador também por causa de Lachlain, considero Desejo Insaciável um bom começo de série – o contexto geral da trama da série é apresentado, os diversos grupos de seres imortais são colocados no tabuleiro, o Acesso é explicado, alguns inimigos são revelados e conseguimos ter uma ideia de quais casais veremos nos próximos volumes. Depois de superar meu problema de irritação com Lachlain, gostei de acompanhar o desenrolar dessa história de amor, é um primeiro livro muito envolvente.
Desejo Insaciável é uma ótima leitura para quem gosta de seres sobrenaturais, paixões abrasadoras, cenas quentes e conflitos. Sua trama é bem amarrada, seus personagens são seres místicos que por si só já chamam a atenção e sua leitura é muito agradável.
Ah! Antes de terminar, preciso dizer que a edição que a editora Valentina fez ficou incrível. O título do livro tem relevo na capa, o papel é o pólen-maravilhoso-dono-do-meu-coração e cada início de capítulo possui um diferencial estético (como você pode ver na foto acima) – e você sabe que também são nesses detalhes que a obra ganha o coração de um leitor.