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Para gostar desse livro, o ideal teria sido me colocar ali, em 1847.
Não consegui fazer isso e por isso não consegui gostar.
Durante toda a leitura só consegui pensar como todo mundo ali era babaca, Jane Eyre meio trouxa e os homens que se envolveram com ela eram, no mínimo, grandes FDP.
Entendo que é coisa de época, mas não consegui não me chocar que ninguém ali entendia que não é não, que se deve tratar qualquer ser humano com o mínimo de respeito.
Durante boa parte do livro, os seus pretendentes amorosos a tratavam mal, e sua resposta era “estou certa que ele não fez isso por maldade, mas por questão de principios. Ele é uma ótima pessoa”
Depois que ela descobriu que (algo muito horrível sobre o mocinho) no dia do seu casamento, o até então noivo, era casado e trancava a própria esposa no sótão e por isso não haveria mais casamento. ela ficou se culpando, pensando que o pobre do mocinho devia agora odiá-la.
Em outro trecho, ele sugeriu algo que poderia manchar sua reputação que jane virasse sua amante, o pensamento dela foi “omeudeus, se eu recusar ele vai ficar muito triste”
O ponto alto dessa história foi contar a história de Jane Eyre, uma órfã em busca da independência e como ela consegue ser dona de si naquela época.
Enfim, Rachel de 2017 acredita que até os últimos 98% do livro, Jane só conseguiu se envolver com babacas abusivos, e por isso não conseguiu apreciar uma obra de 1847 como uma obra escrita em 1847
(se você conseguir fazer esse desprendimento, provavelmente vá gostar bem mais que eu)