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Depois de décadas sem o justo reconhecimento, Lucia Berlin é uma verdadeira revelação, referenciada por leitores e críticos em todo o mundo. Um dos melhores livros do ano segundo os jornais The New York Times e The Guardian , venceu o California Book Award para Melhor Livro de Ficção e o Prémio Llibreter, em Espanha. Manual para mulheres de limpeza reúne o melhor da obra da lendária escritora norte-americana Lucia Berlin, comparada a escritores como Raymond Carver, Richard Yates, Marcel Proust e Tchékhov. Com um estilo muito próprio, Lucia Berlin faz eco da sua própria experiência - tão rica quanto turbulenta - e cria verdadeiros milagres a partir da vida de todos os dias. As suas histórias são pedaços de vidas convulsas. Histórias de mulheres como ela, que riem, choram, amam, bebem, vivem e sobrevivem. Histórias de mães e filhas, casamentos fracassados e gravidezes precoces. Histórias de emigração, riqueza e pobreza, solidão, amor e violência. Seja em salões de cabeleireiro, lavandarias, consultórios de dentistas ou colégios de freiras, nestas páginas acontece o inesperado. Testemunham-se os pequenos milagres e tragédias da vida, que Lucia Berlin trata por vezes com humor, por vezes com melancolia, mas sempre com comovente empatia e extraordinária vivacidade, como se as personagens e os lugares - extraordinariamente reais - saltassem da página. Os elogios da crítica: «Não há sentidos nem emoções em sossego quando se lê Lucia Berlin. (...) Tudo é acção, tumulto, respiração a todos os ritmos na escrita desta mulher nómada quemorreu demasiado longe do lugar onde merecia estar quando se fala de literatura.» — Isabel Lucas, Público «Lucia Berlin ergueu-se com este livro ao Olimpo das letras americanas. (...) Para Lucia Berlin, a vida é como é, e ela conta-a com crueza e nitidez, com observações atentas, inusitadas, minúcias que não se inventam, e uma linguagem conversada, inesperada, natural.» — Pedro Mexia, Expresso «Ser comparada a escritores como Raymond Carver ou Tchékhov é um elogio e sinal do talento de Berlin, mas ela é única e, em alguns momentos, superior a qualquer um deles.» — Helena Carneiro, Observador «As histórias de Lucia Berlin fazem-nos ficar maravilhados perante as contingências da nossa existência.» — The New York Times «Quem ainda não tevea sorte de conhecer a escrita de Lucia Berlin que se prepare para um prazer extraordinário.» — The Washington Post «Uma colectânea de histórias que afirma a autora como um enorme talento.» — Kirkus Reviews «Parece que Berlin encontrou um espaço vazio na literatura e decidiu que seria ela a preenchê-lo, com tanta vida quanto fosse possível.» — Chicago Tribune «Trata-se de um culto justificado... É um livro a que os leitores voltarão durante meses, anos, até décadas...» — The Independent «A última sensação literária dos Estados Unidos é uma autora com vida de filme. A crítica e o público rendem-se à sua obra. Chegou finalmente a hora de Lucia Berlin.» — El País «Um livro sumptuoso, recheado de maravilhas. Vale a pena tê-lo na mesinha-de-cabeceira e lê-lo lentamente, um conto de cada vez, apreciá-lo como uma coisa belíssima.» — La Repubblica «Tem todos os ingredientes para se converter num livro de culto.» — La Vanguardia
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Foram três coisas que me fizeram olhar para este livro:- o título que para além de causar uma certa estranheza também causa impacto e aguça a curiosidade;- a capa com uma mulher, neste caso a própria Lucia Berlin, a fumar. Algo raro nos dias de hoje;- a autora, de quem nunca tinha ouvido falar.“Conheci” Lucia Berlin através dos 43 contos que aqui estão reproduzidos dos cerca de 70 que ela escreveu.São contos que têm um carácter autobiográfico em que a escrita é simples, sem floreados, sincera, mas extremamente realista, chega a doer. Parece que nos estão a contar histórias ao ouvido.Os assuntos abordados são a solidão, a velhice, alcoolismo, aborto, relações humanas, abandono, abusos, traições...a vida.Há contos que se interligam, nomes e personagens que se repetem, lugares perdidos como Texarkana – Texas, Baton Rouge – Luisiana ou Pucon – Chile;Há referências a marcas incontestáveis na época: Greyhound, Kool, Jim Beam;Há referências literárias: [a:Yukio Mishima 35258 Yukio Mishima https://images.gr-assets.com/authors/1502325778p2/35258.jpg], [a:Jean-Paul Sartre 1466 Jean-Paul Sartre https://images.gr-assets.com/authors/1475567078p2/1466.jpg], [a:Anton Tchekhov 16577210 Anton Tchekhov https://s.gr-assets.com/assets/nophoto/user/m_50x66-82093808bca726cb3249a493fbd3bd0f.png], [a:Søren Kierkegaard 6172 Søren Kierkegaard https://images.gr-assets.com/authors/1202410387p2/6172.jpg], [a:Edward Abbey 37218 Edward Abbey https://images.gr-assets.com/authors/1516467601p2/37218.jpg], [a:Chinua Achebe 8051 Chinua Achebe https://images.gr-assets.com/authors/1473806077p2/8051.jpg], [a:Sherwood Anderson 45645 Sherwood Anderson https://images.gr-assets.com/authors/1206470009p2/45645.jpg], [a:Jane Austen 1265 Jane Austen https://images.gr-assets.com/authors/1380085320p2/1265.jpg], [a:Paul Auster 296961 Paul Auster https://images.gr-assets.com/authors/1455603276p2/296961.jpg];Há referências musicais como Lester Young, Dave Brubeck, ou John Coltrane (e eu nem gosto de jazz).Lucia Berlin era uma mulher com uma bagagem cultural extraordinária e infelizmente pouco mais nos deixou para ser lido. Ela mostra como não existem vidas perfeitas, saudáveis e totalmente felizes mas que acima de tudo a vida é uma aventura e é aquilo que quisermos fazer dela.Muito bom!