Este livro é a tentativa desesperada de matar (ou manter) um amor que não quer morrer. O pedido final pelo fim do sofrimento. Ficamos o tempo todo na expectativa. Eles vão, enfim, parar com a guerra e capitular? O amor é um dos raros eventos em que a derrota é a única vitória digna. — Maria Homem “O escritor, piegas, só dá valor àquilo que perde? Ao que retorna em forma de memória, trama e enredo? O escritor só vive o amor quando ele acaba? Quando ele se dissipa, se acinzenta, se opaca? Você afugentou o amor para poder escrevê-lo. Para poder, enfim, viver, experimentar, corromper, na forma de um escrito, o que nunca de fato existiu por sua culpa. O escritor clama a posteridade, a eternidade e a plenitude da arte, mas não passa de um falsário e farsante — um criminoso do momento presente. A atriz sabe que o espetáculo é vão. Que há de se viver o momento, a performance, o ato-instante. A atriz compreende que o vazio deve ser preenchido encore, encore et encore. Ela sabe que vai acabar, que nada restará, que o antes e o após são inócuos. Assim, não há outra saída: uma vez no palco, é imprescindível viver, fruir, gozar... afinal, o aplauso ou a vaia virá. Mas esse epílogo será preenchido — nunca satisfeito — em um outro espetáculo, uma outra atuação, com um outro amor.” Autor Vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura
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