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2 primary booksSinuhe egyptiläinen is a 2-book series with 2 primary works first released in 1900 with contributions by Mika Waltari.
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Mika Waltari (Helsínquia, 19 de Setembro de 1908 — 26 de Agosto de 1979) escreveu de tudo um pouco, desde romances históricos, policiais, contos, peças de teatros a histórias em quadradinhos.
O Egípcio, publicado em 1945 e fruto de uma pesquisa intensa, é o primeiro de uma série de romances históricos sobre civilizações, sendo os outros O Etrusco e O Romano.
É a história de um médico egípcio, Sinuhe, que foi encontrado quando bebé num pequeno barco de verga descendo o rio Nilo.
“Eu Sinuhe, filho de Senmut e de sua mulher Kipa escrevo isto. Não o escrevo para a glória dos deuses da terra de Kan, porque estou cansado de deuses, nem para a glória dos faraós porque estou cansado de seus feitos. Tampouco escrevo por medo ou por qualquer esperança no futuro; escrevo para mim, apenas. O que vi, conheci e perdi durante a minha vida, foi coisa demasiada para que me domine um vão temor e, quanto a algum desejo de imortalidade, estou tão exausto disso quanto dos deuses e dos reis. É apenas por minha causa que escrevo, por tal motivo e essência diferindo eu de todos os escritores passados e vindouros.”
É durante o tempo que passa na corte de Amenhotep IV (Akhenaton) que conhece uma mulher, por quem se apaixona perdidamente, que tem tanto de bela como de engenhosa e que, com toda a lábia, lhe tira não só todos os bens como também a dignidade moral.
Envergonhado, desacreditado e humilhado, Sinuhe acaba a ter que fugir do seu país.
Torna-se espião egípcio, ao serviço de um dos comandantes de Horemheb. Viaja pelo mundo, vive muitas aventuras, e dá-nos a conhecer a Babilónia, Creta, Gaza, Síria etc.
“(...)Babilónia espantou-me com a sua riqueza e extensão. As suas muralhas eram altas como montanhas e formidáveis de aspecto, e a torre que construíram aos deuses deles remontava até às nuvens. As casas da cidade tinham quatro e cinco andares, de modo que as pessoas moravam por baixo e por cima umas das outras;”
“Falarei agora de Creta e do que vi acolá; mas do que penso da terra e do seu deus nada direi. (...) A verdade é que em parte alguma do mundo vi algo tão estranho e belo como Creta por mais verdadeiro que seja haver eu viajado por todas as terras conhecidas. Assim como a espuma cintilante arrebenta na praia, como as bolhas fulguram em todas as cinco cores do arco-íris, como o reverso das conchas fulge expondo a madrepérola‚ assim Creta se ostentou diante dos meus olhos.”
“O cheiro da Síria perdurava em minhas narinas (...)A volta da primavera se entremostrava nos vales da Síria. (...)Vistas da banda do mar as colinas eram vermelhas como vinho, e ao cair das tardes o espadanar das vagas nas praias formava uma faixa esverdeada.”
Um dos aspectos mais interessantes do livro são a reconstrução histórica e social, mas não gostei da caracterização das personagens, antipatizei com Sinuhe, e acho que isso me levou a gostar menos do que inicialmente pensei.
5/198 - Finlândia