Em uma noite de tempestade, o pequeno Yann acorda seus seis irmãos mais velhos, todos gêmeos, e avisa que devem fugir de casa, porque estão sob ameaça do pai violento. Sem titubear, os sete fogem e, assim, começa uma odisseia em direção ao oceano e uma história inesquecível sobre fraternidade. Esta releitura contemporânea do conto O pequeno polegar, de Charles Perrault, traz, a cada capítulo, o ponto de vista de um personagem, reconstruindo a narrativa sob o olhar de diferentes testemunhas: a assistente social que investiga a família, o motorista de caminhão que dá uma carona para os garotos, o escritor que vê a fuga durante a madrugada, além dos gêmeos, seus pais e, finalmente, o próprio Yann.
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Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
Yann tem seis irmãos mais velhos, três pares gêmeos, e é extremamente perspicaz e inteligente. Entretanto, ele é pequeno demais. Em uma noite chuvosa, os sete fogem de casa, e saem em busca do mar. A viagem e seu motivo tomam uma proporção maior do que imaginavam e pode mudar tudo o que conhecem.
“Nesta reinterpretação moderna do clássico O Pequeno Polegar, de Charles Perrault, Jean-Claude Mourlevat, finalista do Prêmio Hans Christian Andersen em 2012, constrói uma empolgante narrativa a partir dos relatos das testemunhas dessa jornada.”
Fiquei curiosa com essa afirmação da contra-capa, mas nunca li esse clássico e não quis pesquisar mais sobre ele para não ter spoilers. Então, li esse livro sem conhecimento do anterior, e não posso comentar nada sobre essa reinterpretação.
Yann é um menino que vai muito bem na escola e consegue se comunicar de formas inusitadas, mas sofre com bullying por ter a altura de um menino de 2 anos, quando tem 10. Apesar da estatura, Yann não é um anão, só é pequeno, citando o livro, como uma miniatura. Além desse problema, ele sofre por querer estudar em uma família que não incentiva os estudos, quase chegando a desestimulá-lo.
Seus irmãos o respeitam e seguem muitos de seus conselhos, inclusive os dois mais velhos. Ao mesmo tempo, seus pais o acham esnobe e prepotente, e tem uma relação distante. Em uma noite, Yann estimula os irmãos a sair de casa, e o sumiço das sete crianças vai parar na imprensa e na polícia.
O livro é narrado por vários olhares, em algumas partes o enredo é contado por entrevistas, feitas após o caso ter sido resolvido, mas só sabemos o que acontece nos capítulos finais. Apesar de ter ficado interessada até o término, não gostei muito do motivo dado no desfecho. Não foi um motivo destoante da história, foi uma questão pessoal. Mas, de uma forma geral, foi uma leitura gostosa, e recomendo para aqueles que gostam de uma aventura e histórias com crianças.
As páginas são amareladas e o trabalho gráfico é muito bom. As orelhas são maiores do que o normal e a capa é muito bonita. O livro é pequeno (tem 135 páginas) e foi uma leitura rápida.
Link: http://www.sincerando.com/2014/05/o-menino-oceano.html