O Terceiro Homem
O Terceiro Homem
Ocorreu que andava a passear os olhos pelas caixas de cartão (sim, os livros ainda estão em caixas de cartão) quando vi o título e pensei “Caraças, não me lembro de nada deste livro!” Sabia que já o tinha lido, mas enredo?, nada. Estilo literário?, nada. Personagens?, nada. A dada altura achei que já me estava a lembrar de tudo quando me dei conta que era n'O Agente Secreto, do Conrad, que estava a pensar. Depois veio-me à tola uma passagem que envolvia um tipo pensar que uma tipa estava a preparar mal um bule de chá. Ok, isto de certeza pertencia a este livro. Ou quase a certeza. Uma releitura impunha-se.
O Terceiro Homem é um livro que nasceu para ser um filme. Nunca vi o filme. Conheço a banda sonora. Adiante. Nasceu para ser um filme, não para ser um livro, e isso nota-se. Não que seja um mau livro ou que esteja mal escrito - não é, não está. Não sei bem como explicar isto sem recorrer a bolos, por isso aqui vai: volta e meia faz-se massa para bolo cujo propósito é cortar aos cubos e usar como base para outra sobremesa qualquer. Sim, a massa pode ficar muito boa e até servir-se o bolo assim, mas percebe-se facilmente que não era bem essa a ideia. Pronto, melhor que isto não arranjo.