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Em Sul da fronteira, oeste do sol — uma das obras mais aclamadas de Haruki Murakami —, o autor constrói uma história singela, mas potente, para falar do poder que as memórias e o desejo exercem sobre nós. Nascido em 1951 em um subúrbio de Tóquio, Hajime chegou à meia-idade tendo conquistado tudo que queria. Os anos do pós-guerra trouxeram-lhe um bom casamento, duas filhas e uma carreira invejável como proprietário de dois clubes de jazz. No entanto, ele não consegue se desvencilhar da sensação incômoda de que nada daquilo traz felicidade para sua vida. Somada a isso, uma memória de infância de uma garota inteligente e solitária cresce em seu coração. Quando essa colega do passado, Shimamoto, aparece em uma noite chuvosa, Hajime não consegue mais permanecer no cotidiano com o qual se acostumou. Shimamoto tem uma beleza de tirar o fôlego, mas guarda um segredo do qual não consegue escapar. Em Sul da fronteira, oeste do sol, Murakami constrói uma narrativa de lirismo requintado sobre a simplicidade da vida de um homem, permeada por sucessos e decepções. "Um mergulho fascinante na fragilidade humana, nas armadilhas da obsessão e no enigma impenetrável e sensual que o outro representa." — The New York Times
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Mais um que você pode ler sem saber o autor e vai dizer “isso aqui tem cara da Murakami”, não apenas pelo toque de dúvida sobre coisas que acontecem ou sobre o passado dos personagens vir à tona depois de muitos anos fazendo o protagonista refletir sobre sua vida inteira, mas por fazer o leitor mergulhar dentro das personagens como poucos autores conseguem fazer.
A leitura é rápida, o texto não é cansativo e o livro é muito bem escrito. Gostar das pessoas que estão ali nas páginas é outra história. Não consegui gostar de Hajime mesmo que ele nos faça pensar também, muitas vezes, como ele. É um livro curto, então pode ser uma porta de entrada para o autor, se você tem interesse em começar alguma coisa dele. Ainda não superou Tsukuru Tazaki como o melhor, mas no final das contas eu achei bom.