Eis o projecto, agora aqui começado neste Tempestade e Motor: escrever algo aproximado aos haikus, sim, próximo, apenas isso — nada mais do que isso, uma vizinhança —, vizinho por vezes bem afastado, outras vezes um pouco mais ali, ombro com ombro. Linhas de escrita, não direccionadas para a natureza como dita a tradição, mas viradas, sim, para a técnica e para a História, para o mal, para a guerra e para o gesto simples ou decisivo. Nem dezassete sílabas, nem outras leis; longe das belas regras estritas, aqui apenas um ritmo a três compassos lentos.
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