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Reedição de clássico da literatura brasileira traz posfácio inédito do professor José Pasta. Três mulheres de três PPPês é composto de três novelas - "Duas vezes com Helena", "Ermengarda com H" e "Duas vezes Ela" - que têm em comum o narrador Polydoro, uma figura abastada da elite paulistana. Em "Duas vezes com Helena", Polydoro, ainda jovem, é seduzido pela mulher de seu querido professor. Trinta anos mais tarde, o menino já maduro fica sabendo que Helena o seduzira a pedido do próprio marido. Em "Ermengarda com H", Polydoro, passados os quarenta anos, está envolvido numa guerra conjugal e faz o que pode para tornar insuportável a vida de sua mulher, na esperança de conseguir o divórcio. Em "Duas vezes Ela", já setentão, Polydoro registra num diário sua satisfação conjugal. Contra a vontade de parentes e sócios, ele casara com uma secretária chamada Ela, com idade para ser sua neta. Anos depois, começa a redação de um segundo diário, para entender as mudanças da mesma Ela, que agora quer o desquite. A sátira à classe alta paulistana, a prosa inventiva e bem-humorada, os delírios e as obsessões amalucadas se juntam neste clássico da literatura brasileira, herdeiro da mesma tradição de Graciliano Ramos, Oswald de Andrade e Machado de Assis.
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Paulo Emílio (1916-1977) é conhecido principalmente pela crítica de cinema, mas também foi historiador, pensador, marido da Lygia Fagundes Telles e escreveu apenas um romance, Três Mulheres de Três PP-Pês.
Tem uma escrita clássica, cheia de críticas, ironias e humor.
O livro é composto por três contos/novelas, contadas pelo narrador.
Polydoro pertence à burguesia de São Paulo e engana-se redondamente sobre as mulheres com quem se envolve.
Só mesmo um corno como Polydoro
“Duas vezes com Helena” - Polydoro ainda jovem é seduzido pela mulher do seu querido e respeitadíssimo professor. O sentimento de culpa é enorme, até que trinta anos mais tarde volta a encontrar-se com Helena e fica a saber das verdadeiras razões da sedução.
“Ermengarda com H” - Polydoro já é quarentão, está no meio de uma guerra conjugal e tenta infernizar a vida da esposa para conseguir o divórcio, até que encontra o caderno azul de Ermengarda.
Duas vezes Ela - Já setentão, Polydoro regista num diário a sua felicidade conjugal, mas é surpreendido com o pedido de desquite da mulher.
Reconheço que as mulheres da minha vida foram todas mais inteligentes que eu (...)