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Em 1932, três amigas vão estudar para Oxford: Verity, filha de um pastor anglicano; Lady Claudia, uma jovem aristocrata; e Lally, filha de um senador. Vee, uma impetuosa maria-rapaz, planeia usar a sua liberdade para corrigir tudo o que falhou na sua infância desprovida de amor. O seu fascínio pelo jovem Alfred abre-lhe as portas das misteriosas sociedades secretas e irá conduzi-la a uma imprevisível carreira como agente secreta. Claudia é resplandecente e intensa, e sente-se igualmente atraída por um misterioso grupo, ou melhor, por um dos seus membros em particular: o sofisticado John Petrus. É sob a sua influência que viaja para a Alemanha e se deixa enredar nos meandros do fascismo. Entre duas personalidades tão fortes, Lally, a americana glamorosa, tenta manter viva a chama da amizade mas, na verdade, está céptica e preocupada com as opções e crenças extremas das suas amigas. Mas o assustador ano de 1938 traz consigo a desilusão e Vee decide partir para a Índia. Uma decisão tempestuosa, ensombrada pelo perigo e pelo receio da guerra. Uma viagem que mudará para sempre a sua vida e a das suas amigas
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Guloseima de baixa caloria
Há uns livros que nos deixam assim, um bocado desiludidos. São aqueles que pareciam ter tudo para serem bons, mas acabam por ficar aquém das expectativas. Não estava à espera de uma obra-prima, mas este é como fazer uma receita com os melhores ingredientes: uma premissa interessante, personagens cativantes, mistérios e reviravoltas de fazer virar a cabeça. Tudo parece promissor, mas quando chega à altura de saborear, fica a faltar aquele tempero especial, aquela magia que nos faz devorar cada página com entusiasmo. Parece que a autora misturou os ingredientes de forma meio trapalhona, resultando numa história mal cozinhada e personagens um bocado deslavados. Fica aquela sensação de vazio.
A viagem (Voyage of Innocence – título original) em questão não se trata da viagem para a Índia com a qual o livro começa em 1938, mas sim da jornada da vida na qual as três jovens embarcam ao chegarem a Oxford em 1932 para estudar na fictícia Grace College.
Verity (Vee) deixa-se cativar pela amizade com o idealista Alfred e adere ao Partido Comunista, ambos angustiados e indignados com a grande e generalizada pobreza no país. No entanto, Vee vê-se envolvida numa rede muito mais obscura e ameaçadora da qual não consegue escapar.
Ao mesmo tempo, Claudia, uma figura fútil, é atraída pelo falso glamour do Fascismo e parte para a Alemanha Nazi. Só quando lá está é que percebe a sua realidade chocante e cruel e, para ajudar a sua amiga judia a escapar, arrisca-se e põe a sua vida em perigo.
Lavender (Lally), embora distante da política britânica, apaixona-se e casa com um oficial britânico, mas descobre que o casamento que imaginava ser feliz revela-se bastante mais desafiante.
Confesso que não gostei nem do estilo nem da escrita da autora. Houve momentos em que me deparei com algumas partes chatas, que me custaram a avançar na leitura. Além disso, senti que as personagens eram um tanto unidimensionais, faltando-lhes profundidade e complexidade.