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Na década de 80 tentei por diversas vezes comprar Rebecca, mas a edição da Livros do Brasil (acho que era a única que havia, ou a única que eu conhecia) estava sempre esgotada e por isso é um dos livros que ainda hoje não tenho. Na altura consegui que uma amiga me emprestasse o dela, e li-o. Gostei tanto que acabei por ir ver o filme do Hitchcock à Cinemateca ou ao Quarteto, já não me lembro. Há uns 2 ou 3 anos vi um excelente documentário na RTP 2 sobre a Daphne du Maurier e fiquei curiosa com toda a polémica sobre o possível plágio da autora no seu livro Rebecca.Parti para este A Sucessora, de Carolina Nabuco, sem qualquer tipo de pré-conceito, até porque há quem diga que esta história também tem alguns pontos de contacto com [b:Encarnação 11170350 Encarnação José de Alencar https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1303349846l/11170350.SX50.jpg 1080501] de José de Alencar publicado em 1893. Enfim, Carolina “plagiou” Alencar e foi “plagiada” por Daphne, um verdadeiro triângulo literário.Há muitos pontos de contacto entre A Sucessora e Rebecca, isso é inegável. Se é plágio ou não, pouco me importa.O romance conta a história de uma jovem frágil e totalmente assarapantada com a imensa responsabilidade de substituir a primeira esposa do seu marido, sempre lembrada e amada por todos como uma mulher única e de personalidade marcante. À medida que vamos avançando na narrativa há um certo clima de “terror” psicológico que se intensifica a ponto de Marina, a protagonista, quase enlouquecer obcecada com a memória da falecida impregnada em cada assoalhada e nas recordações daqueles que com ela conviveram.O que achei mais interessante é o retrato da época, o confronto entre duas faces do mesmo país. O Rio de Janeiro que representa a modernidade, liberdade e a alegria e a Fazenda Santa Rosa, de onde vem Marina, que representa o conservadorismo, o atraso, as crendices e as regras arcaicas.Gostei, mas não é uma história que me tenha arrebatado. Acredito que se lesse Rebecca hoje o sentimento seria igual. Vamos lá ver o que acontece com Encarnação.
As estrelas são pelo papel de Carolina Nabuco e representatividade do livro; mas ele não é ruim em absoluto! Marina é de fato uma mulher menos insípida que as páginas poderiam trazer na época que o feminismo não existia, e os comparativos com Rebecca são interessantes mas não vão tão longe, na minha opinião.