Ratings8
Average rating3.4
A linguagem popular e a vida das camadas pobres e médias são as protagonistas deste romance que faz uma crônica de costumes do Brasil de dom João VI. Publicado pela primeira vez como folhetim, este romance descreve a trajetória do anti-herói Leonardo, endiabrado filho de imigrantes portugueses que, após uma infância atribulada, escolhe a vadiagem como ocupação e, depois de inúmeros percalços, acaba se tornando um sargento de milícias.
Reviews with the most likes.
Manuel Antônio de Almeida (1831-1861) foi um escritor brasileiro que morreu precocemente vítima de um naufrágio em Novembro de 1861, com apenas 30 anos.
De Junho de 1852 a Julho de 1853 publicou, anonimamente e aos poucos, os folhetins que compõem as Memórias de um sargento de milícias, reunidos em livro em 1854 (1º volume) e 1855 (2º volume) com o pseudónimo de “Um Brasileiro”. O seu nome apareceu apenas na 3ª edição, já póstuma, em 1863. Da mesma época data ainda a peça Dois amores e a composição de versos soltos.
É a história de Leonardo, filho de emigrantes portugueses – Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça – que se conheceram num navio, e após uma pisadela e um beliscão tornaram-se amantes.
Mas este relacionamento não dura muito, e Leonardo é abandonado aos cuidados do padrinho, um barbeiro, e da madrinha, uma parteira.
Leonardo é um rapaz traquina, endiabrado, e grande parte da narrativa são as suas aventuras e desventuras, as suas travessuras e malandragens até se tornar sargento da companhia de granadeiros. Através da sua história ficamos também a conhecer os usos e costumes da classe baixa fluminense no século XIX.
Gostei da escrita do autor, bastante realista, rica, objectiva e divertida, mas o tema não me entusiasmou.