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One of the greatest novels of Brazilian Literature, Memorias Postumas de Bras Cubas is narrated by a dead man who recounts the amorous misadventures of his unheroic life and explains his half-hearted political ambitions. While it is considered the first novel of Brazilian realism, its quirks seem refreshingly modern and make it unforgettably unlike anything written before or after it.
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O maior desafio da leitura foi a barreira temporal de linguagem, que acabou prejudicando um pouco meu ritmo.
Machado é comprovadamente um ótimo escritor, não tem como negar. A premissa do livro é ótima e as conversas com o leitor avivam muito o texto. Na narrativa, preferia, pessoalmente, que ele passasse mais tempo falando sobre coisas além de adultério, mas foi assim que Brás Cubas quis.
A história é consistente e o arco geral é refletido nos arcos menores: tentativas falhas do falecido de, em vida, construir legado e propósito, seja no amor, na política, no jornalismo ou no empreendedorismo. Além disso, Cubas, como personagem, é multidimensional e moralmente ambíguo, o que torna assistir suas ações e reações mais interessante.
Machado também usa momentos breves para tecer comentários sociopolíticos mais, ou menos explícitos, como o torturado torturador ou a borboleta negra, dos quais gostei bastante.
Uma história muito bem escrita sobre uma pessoa que não fez nada de interessante
“Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas.”
Memórias Póstumas de Brás Cubas é uma narrativa confusa, sem uma ordem cronológica, onde o defunto resolve contar a história da sua vida – que não tem qualquer interesse – desde o nascimento até à sua morte.
Brás Cubas nasceu numa família abastada, era um filhinho de papai.
Na infância era uma criança endiabrada e mal-educada.
Na adolescência apaixonou-se por Marcela, uma prostituta que segundo ele:
“Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis”
Nunca foi amigo dos estudos, nem quando o pai o mandou para a Universidade de Coimbra. Formou-se e regressou ao Brasil.
Embora Brás Cubas faça parte de uma elite endinheirada e tenha sido um bon vivant a sua passagem na Terra é uma interminável sequência de fracassos. Chegamos ao fim da sua vida sem que tenha constituído família, sem filhos, sem ter produzido nada digno de ficar na história.
A qualidade da escrita de Machado de Assis é incontestável, mas como diz Brás Cubas no capítulo LXXI:
“Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; vício grave, e aliás ínfimo, porque o maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração direta e nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem...”
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