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é difícil falar sobre machado de assis, sempre tem aquela pressão (de quem? e olha que eu amo o cara né, passei direto pelo trauma que todo mundo parece pegar no ensino médio). quase deixei sem resenha. afinal, nada de bom ou ruim que eu pudesse dizer aqui teria qualquer peso sobre qualquer coisa, tudo já foi dito, então por que tentar?
mas esse reencontro com o alienista foi estranho, por falta de palavra melhor.
mas não é machado; sou eu. tô realmente num momento estranho em que não sinto vontade de ler nada. isso é quase inédito pra mim, que sempre começo o ano com mais ânimo do que o fim do anterior. esse livrinho aqui, que na verdade é um conto, foi minha segunda leitura do ano (e a primeira que fiz inteiramente por prazer, e não por trabalho). quando peguei o kindle e voltei a ler do primeiro capítulo, já meio esquecido dos 17% que li no mês passado (e ainda mais do que li no ensino médio), fiquei quase em êxtase. não posso dizer que li com a mesma desenvoltura de sempre nem com a mesma gana. talvez tenha sido esse o ‘problema'. problema que não existe, andré, três estrelas não é nota ruim. mas a pressão. talvez eu tenha esquecido como faz. de qualquer forma, está lido.
tô romantizando a coisa toda, é claro. eu só fico feliz demais por ter voltado a ler.
eu amo livros e tal.
tl;dr homem dramático não quer dizer com todas as letras que não amou uma releitura d'o alienista, então fica enchendo linguiça e dando desculpa. não desistam dele.
ah! e a edição da antofágica é/está primorosa.
tô cogitando comprar em capa dura, pois merece.
O livro tem bons personagens e é gostoso e agradável de se ler. A história de cada "alienado" apresentado foi interessante, além de que a trama é bastante divertida, incluindo o final que foi um tanto quanto impressionante.
É um bom livro.
Visto que, quando li Dom Casmurro pela primeira vez, também não fiquei muito encantado (precisei ler novamente para entender a genialidade da obra), pode ser que esse seja o caso aqui. Mas por agora, posso dizer que, apesar de ser um bom livro, não passa de uma crônica divertida. Não vi nada demais.
Machado sendo Machado já é repleto de ironia e duplos sentidos. Nesse livro, Simão Bacamarte começa sendo inócuo, passa a vilão, volta às boas graças, tudo em meia dúzia de páginas, porque a gnt começa a questionar se a loucura pertence a ele, ao povo, a nós... em tempos como os nossos, é uma leitura brilhantemente atual, mesmo tendo mais de meio século.