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Publicado em 1891, este romance narra a história de Rubião, homem interiorano ingênuo, que recebe uma grande herança do filósofo Quincas Borba, personagem que também aparece em outro livro, Memórias Póstumas de Brás Cubas. De posse da herança e com a incumbência de cuidar do cachorro do filósofo Quincas Borba, Rubião muda-se para a corte e depara-se com um mundo repleto de adultério, interesse e mentira.
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Acho que fica bem claro porque esse é o menos conhecido/celebrado da “trilogia realista” do Machado. Bem longe de ser ruim, Quincas Borba não chega a ser tão notável quanto Brás Cubas, nem causa o impacto de Dom Casmurro. O protagonista Rubião não encanta tanto quanto os dos outros livros, também, e acabou que passei a história toda torcendo por uma maior participação do cachorro, Quincas Borba — que morre no último capítulo e foi daquela para uma melhor, com certeza.
Comparações à parte, é um livro bem conduzido, claro que é. A prosa de Machado de Assis é incrível, e às vezes deixa a gente sem reação, maravilhado pelo que ele consegue fazer com as palavras. O declínio de Rubião à loucura foi desenvolvido muito bem ao longo da obra e, quando aconteceu de vez, fiquei me perguntando como não previ aquele desfecho.