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Scrooge é um homem avarento, muquirana, miserável e mão de vaca. Para ele, até mesmo o Natal parece um enorme desperdício de tempo e de dinheiro. Em mais uma lastimável noite natalina, o fantasma de seu sócio Marley aparece para assombrá-lo e lhe fazer um alerta: Scrooge será assombrado por três espíritos, que lhe mostrarão seus erros (e as consequências deles) no Natal passado, presente e futuro. Publicado originalmente em 1843, Um conto de Natal é o clássico com o qual Charles Dickens se tornou o inventor do Natal como celebramos hoje. Escrita em uma época em que a celebração dessa data caía no esquecimento na Inglaterra, a obra fez o milagre de aquecer o coração dos leitores e criou o que conhecemos como espírito natalino. Também se consagrou como um dos livros mais adaptados de toda a história, figurando no imaginário de todos nós graças a inúmeros filmes, peças e animações, chegando até a inspirar a criação de um famoso personagem, o Tio Patinhas (em inglês, Uncle Scrooge). A edição da Antofágica traz tradução de Leonardo Alves e cinquenta ilustrações inéditas do quadrinista Guilherme Petreca. Além disso, o livro conta com posfácios do escritor Ricardo Lísias e do jornalista e escritor André Cáceres, e apresentação de Melina Souza, do canal Tea with Mel.
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Demasiadamente superestimado.
Embora a escrita seja bem-feita, as incongruências internas e externas me incomodaram profundamente. Primeiro, temos um personagem deliberadamente rabugento e avarento, que inicialmente se apresenta como um ser racional. Para reforçar isso, ele diz ao primeiro espírito (não o primeiro cronologicamente, mas o primeiro que ele encontra) que não pode confiar nos sentidos, pois eles podem enganá-lo. No entanto, após a visita de mais três fantasmas, essa mesma pessoa se transforma em um santo? Para que essa mudança fosse convincente, o personagem precisaria ser cego ou inocente em relação ao mal que praticava—algo que, desde o início, fica claro que não é o caso.
Quanto à incongruência externa: os pobres só são lembrados no Natal? A caridade só é necessária nessa época do ano? Não sei quem é pior, sinceramente—quem só faz doações no Natal ou quem nunca as faz. Outro ponto problemático é que, embora o livro aborde temas como marginalidade social, superpopulação e relações de trabalho, em nenhum momento questiona essas questões de forma significativa. Chega a mencionar os sindicatos londrinos, mas falta audácia ou brilhantismo para transformar a obra em algo mais socialmente relevante.
Em resumo, é apenas um livro sobre o Natal que cristãos acreditam comemorar. Apenas isso.
Uma leitura super rápida, com grandes ensinamentos sobre bondade, generosidade e simpatia.
A história é bem conhecida graças aos filmes, principalmente o de 2009, mas nunca tinha parado para ler. Foi uma experiência muito boa!
E, como sempre, aconselho ler pela edição da Antofágica. As ilustrações estão lindas e os textos de apoio são bem bons.
Recomendo muito a leitura