De um dos mais destacados autores portugueses, uma narrativa que atravessa séculos e continentes, entre Lisboa e o Japão, com um mistério de família no seu centro. Uma história de amor, perdão e superação, que é também uma elegia à beleza imperfeita da vida. Japão, 1917. Por desonrar o nome da família, o jovem Katsuro é exilado pelo seu próprio pai, um poderoso governador, num ilhéu inóspito. Abandonado, o rapaz irá deparar-se com o terrível segredo da família Tsukuda, enquanto luta para sobreviver à fome, à sede e à culpa. Lisboa, cem anos depois. No Liceu Camões, um dos mais antigos da cidade, um professor de Geografia suicida-se numa sala de aula. O nosso narrador, funcionário do liceu e alcoólico em recuperação, decide inaugurar uma reunião semanal para ajudar os colegas a superar o choque. Numa noite de Inverno, um misterioso desconhecido aparece no encontro. É japonês e chama-se Tsukuda. O seu estranho comportamento desperta no narrador um fascínio doentio. Ambos são perseguidos pelo passado, ambos desejam o impossível. Algures entre o sonho e a mais pura realidade, Ensina-me a voar sobre os telhados é uma narrativa em que um pai e um filho aprendem a amar-se, é um espaço onde se procura aceitar dores antigas e abraçar a fragilidade humana. Um romance que é uma elegia à beleza imperfeita da vida. Sobre a trilogia dos lugares sem nome: «Comecemos pelo essencial. Esta trilogia, assinada por João Tordo, está entre o melhor que a literatura portuguesa nos ofereceu nos últimos vinte ou trinta anos.» Deus me Livro «Um romance que se abre em escuridão e labareda, para que nos vejamos ao espelho.» José Tolentino Mendonça (sobre O luto de Elias Gro) «Tordo não dá respostas. Alimenta cuidadosamente a ambiguidade, o paradoxo, como se fizessem parte de um silêncio cujo mistério não quer desvendar. (...) Um sólido trabalho de linguagem.» Isabel Lucas, Público (sobre O paraíso segundo Lars D.) «Um romance extraordinário, que se lê à transparência de um talento mais do que confirmado, porventura único entre nós, na primeira linha das vozes literárias da geração a que pertence.» João de Melo (sobre O deslumbre de Cecilia Fluss, terceiro livro da trilogia) Sobre a obra de João Tordo: «João Tordo tem uma capacidade enorme de efabulação que não se encontra facilmente.» José Saramago «Um dos maiores talentos literários de Portugal. (...) A sua formação reflecte-se nas suas obras: tal como Gonçalo M. Tavares, a escrita, para Tordo, significa explorar questões existenciais.» Darmstädter Echo, Alemanha «Tal como o Nobel José Saramago, João Tordo põe em questão, com o seu talento, a crença numa identidade própria, à qual nós, os humanos, estamos apegados.» Le Monde, França «Um grande romancista que nos redime do horror, como os grandes mestres, pela força misteriosa da escrita.» António-Pedro Vasconcelos, Sol «O novo romance do século XXI em Portugal.» João Céu e Silva, Diário de Notícias
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